

Hoje, também se comemora o dia de S. Martinho. E, ao conhecer a história deste santo, não posso deixar de fazer a ligação entre a sua coragem e o seu enorme amor - numa época em que o medo e a falta de amor imperavam - e o portal de hoje.
S. Martinho nasceu no ano de 316, na Sabária da Panónia (Hungria). Seu pai era oficial do exército romano. Aos 12 anos, contrariando a vontade dos pais, tornou-se cristão. O pai contrapôs-se terminantemente a essa decisão do filho, alistando-o no exército romano, julgando que o convenceria a deixar de ser cristão.
Diz a lenda que quando um cavaleiro romano de nome Martinho andava a fazer a ronda, viu um velho mendigo cheio de fome e frio, porque estava quase nu. O dia estava chuvoso e frio, e o velhinho estava encharcado. O cavaleiro Martinho era bondoso e gostava de ajudar as pessoas mais pobres. Então, ao ver aquele mendigo, ficou cheio de pena e cortou a sua grossa capa ao meio com a espada, deu metade da mesma ao mendigo e partiu. Pouco depois, a chuva parou e apareceu no céu um lindo Sol, dai falar-se no verão de S. Martinho.
Mais tarde Martinho abandonou o Exército e fez-se baptizar por Santo Hilário de Poitiers. Entregou-se à vida de eremita, fundando um mosteiro em Ligugé, França, onde vivia sob a orientação de Santo Hilário. Ordenado sacerdote, foi mais tarde aclamado bispo de Tours (371). Tornou-se um grande evangelizador da França, verdadeiramente pastor, fundando mosteiros, instruindo o clero, defendendo a causa dos oprimidos e deserdados deste mundo. Morreu no ano de 397.
Quer se acredite ou não na lenda de S. Martinho, quer se seja crente ou não, religioso ou não, a verdade é que esta é uma bela história de compaixão e de amor.
Olhem para dentro de vós. Lembrem-se de quem são!
Lisboa - Rua Augusta (foto retirada da net)
Lisboa acaba de ganhar três dos troféus do World Travel Awards. São eles:
- Melhor Cidade Europeia Para Uma Escapadela (Europe's Leading City Break Destination)
- Melhor Cidade Destino de Cruzeiros Europeus (Europe's Leading Cruise Destination)
- Melhor Destino Europeu (Europe's Leading Destination)
Podem conferir aqui.
Lisboa "arrisca-se" ainda a ganhar a difícil final do World Travel Awards no próximo dia 08 de Novembro em Londres.
Para quem acha que a Europa é só Paris, eis a resposta.
Estamos muito acostumadas a ligar manipulação à demagogia e/ou discursos políticos. Assim como à publicidade, etc.
Mas já percebeu em seu redor um manipulador?
Já viu que estratégia usa?
Têm algumas tão obvias que a gente se dá conta muito rapidamente.
Mas têm outras que são estratégias muito bem articuladas.
Dizem que o melhor crime é aquele que as pessoas juram que não foi um crime.
Percebe a sutileza?
Pois existem manipuladores que a gente não os vê como tal!
A gente só percebe quando algo muito impactante acontece.
Ou, até, quando a desilusão irrompe como uma tempestade e nos damos conta que fomos, na melhor das hipóteses, enganadas.
Hummm tem a ver também com sedução, não?
Um manipulador na maioria das vezes é um sedutor.
Ou seja, usa de belos artifícios para te enganar, os quais muitas vezes são tão bem engendrados que enganam mesmo e levam anos, já não te enganando, mas manipulativamente te dominando.
Parece óbvio não? Parece simples não?
Consideramo-nos como tão inteligentes e perspicazes que nos achamos imunes as estratégias manipulativas e as consideramos, inclusive, tolas.
Tolas?
Não mesmo!
As palavras sedução/manipulação não parecem sinônimas, pleonasmo ou até redundância?
Então vamos lá dissecar os termos:
Sedução: encanto, graça, beleza, amabilidade, capacidade de encantar o outro com o fim de atingir determinados objetivos.
Manipulação: Um meio de ganhar o controle ou influência sobre os outros através de métodos persuasivos ou argumentos retóricos.
Parecem idênticos, mas são diferentes em seu conteúdo.
Porém, o manipulador muitas vezes é sedutor e vice-versa.
Manipular equivale a manejar.
Bom, somente os objetos são suscetíveis de manejo. Posso utilizar qualquer objeto para as finalidades que me serão úteis. Uso, troco por um melhor, descarto, guardo, etc.
Manipular é tratar uma pessoa ou grupo de pessoas como se fossem objetos, a fim de dominá-los facilmente. Essa forma, na maioria das vezes, ganha o upgrade de um rebaixamento, um aviltamento (muito usado em processos de tortura e de tirania).
Manipula, aquele que quer vencer e que atua astutamente sobre nossos centros de decisão, a fim de nos arrastar a tomar as decisões que favorecem seus propósitos.
Um sedutor/manipulador usa, entre outras, a estratégia de tornar o manipulado/seduzido facilmente dominável, passivo, não criativo, com pouca capacidade de observação crítica.
Sabemos que a linguagem é o maior meio para nos comunicarmos, e o mais arriscado.
De acordo com seu uso, a linguagem pode ser terna ou cruel, amável ou displicente, difusora da verdade ou propagadora da mentira. A linguagem oferece possibilidades para, em comum, descobrir a verdade, e proporciona recursos para tergiversar as coisas e semear a confusão.
Basta conhecer tais recursos e manejá-los habilmente, e uma pessoa astuta pode dominar facilmente outras pessoas se estas não estiverem de posse de uma boa capacidade de discernimento.
Na linguagem existem palavras e expressões consideradas exponenciais.
Uma palavra exponencial tem o poder de prestigiar as palavras que dela se aproximam e desprestigiar as que se opõem ou parecem opor-se a ela.
O manipulador ao usar os termos exponenciais sabe que, ao introduzi-los num discurso, estarão favorecendo o impacto, e muitas vezes intimidando. Seus interlocutores talvez não exerçam seu poder crítico e aceitem ingênua e/ou amedrontadamente o que lhes é proposto, com medo de não ser adequado, ou mesmo de ser ridicularizado.
Um exemplo de palavra exponencial é liberdade. Vejam por aí como se utiliza este exponencial para, inclusive, ocultar o verdadeiro sentido da ação proposta.
As palavras podem deturpar os fatos. Desta forma, a versão vale mais que o fato.
E um manipulador sabe muito bem disso.
Sabe que do uso dos termos decorre uma interpretação errônea dos esquemas que articulam a idéia ou os fatos.
Stalin, afirmou o seguinte: "De todos os monopólios de que desfruta o Estado, nenhum será tão crucial como seu monopólio sobre a definição das palavras. A arma essencial para o controle político será o dicionário".
Um manipulador utiliza diversos meios para dominar alguém sem que este perceba. Por exemplo, difundir algo sobre uma pessoa, seja verdadeiro ou não, e negar-lhe o direito de expressar sua versão, manipulando a própria versão dos fatos e induzindo ao seu redor apenas esta versão.
Podemos afirmar que isto é uma forma de tirania, não?
Uma outra maneira é neutralizar quem percebe suas intenções manipulativas, isolando-a, entre outros meios, pela maledicência, ou pela ridicularização.
Esta forma de manipulação - através da censura e da contra informação - é a mais eficaz e, por isso, a mais utilizada pelos estados ditatoriais sobre a população.
Outro dado importante é que o manipulador, prestigiado por algumas ações e/ou por auto-propaganda que dá de si uma imagem de inteligência, aporta como menos inteligentes os que o contradizem, seja com agressividades disfarçadas para exercer domínio manipulativo no que expressa, ou seja pelos termos utilizados para impor o que pensa utilizando-se de palavras exponenciais.
O grande teórico da comunicação MacLuhan cunhou a expressão: "o meio é a mensagem", ou seja, não se diz algo porque seja verdade; toma-se como verdade porque se diz.
Manipulação midiática existe aos montes, manipulação política idem, mas a manipulação pessoal é muito mais difícil de perceber, pois ela esbarra em nossa presunção de nos acharmos imunes a tal.
Seja qual for o caso, a nós cabe ter um pouco mais de discernimento, de análise dos fatos e do que conhecemos dos envolvidos em qualquer que seja a situação.
Foto retirada daqui