continuação
Hoje resolvi não colocar qualquer imagem de meninas nesta terceira parte das férias em Eressos, porque no blog das vossas vizinhas estão lá fotos muito mais giras da terra, gajas e praia, pelo que, vos aconselho a dar lá um pulo.
Tal como eu, as outras quatro meninas ficaram muito felizes por se irem instalar num local a cinco minutos da praia de Eressos.
Fomos buscar a bagagem à espelunca e lá nos dirigimos à casa que nos indicaram. A proprietária, uma grega com um ar desconfiado que nos olhava como se fossemos de outro planeta, entregou-nos as chaves e desatou numa conversa em grego que nos deixou com um ar atónito a fazer que sim com a cabeça sem, no entanto, entendermos patavina do que a mulher dizia. Calculámos que fossem recomendações do tipo “Não quero orgias!” “Nada de drogas ou bebedeiras!” “Não partam nada!”, etc.
Entrámos na casa e deparou-se-nos uma escada em caracol com um molho enorme de alhos pendurados do tecto. Antes de nos dirigirmos aos quartos, acho que todas pensámos: “Aqui há vampiros!” Eu, pelo menos, pensei. Chegadas ao cimo das escadas, haviam um quarto com cama de casal que seria para mim e T e um quarto triplo para A, C e P.
Os quartos eram amplos, arejados, estavam limpos e tinham jogos completos de toalhas, o que nos deixou muito satisfeitas. Largámos as coisas e lá fomos muito frescas e soltas para a praia.
A praia de Eressos tem um estilo algo familiar. Apesar de ser o bastião, por excelência, do turismo lésbico, vão para lá casais com os filhos, os sogros e o resto da família. Portanto, não dá para nos pormos à vontade (leia-se em top less, under less ou completamente less), sob pena de sermos corridas a grande velocidade.
Assim, indagámos qual a zona da praia onde estava o mulherio e depois de nos indicarem que era lá mais para o fundo junto à rocha, pusemo-nos a andar ao longo do areal.
Ao fim de um bom bocado de caminho bem olhávamos mas só víamos ... gajos nus de rabo ao léu. Começámos a comentar entre nós: “É sempre a mesma coisa, vimos para um sítio de gajas e só vemos gajos!”
Já bastante chateadas porque não vislumbrávamos uma única mulher, resolvemos abancar num pedaço de areal que nos parecia simpático apesar de nos sentirmos as únicas mulheres da terra. De repente, eis que um dos gajos se levanta e ... não era que o gajo apesar de ter pelame por tudo quanto era sítio, tinha mamocas e nada de pilinha? Embasbacadas, verificámos que os gajos eram, afinal, gajas! Um horror! Que mulheres tão pavorosas, meus deuses! A sério que me confrontei com a hipótese de mudar a minha orientação sexual. Acho mesmo que se ficasse a viver em Eressos para o resto da vida e a ter apenas a visão daqueles exemplares do sexo feminino virava hetero!
Percebemos, então, porque razão é que éramos olhadas como se fossemos extraterrestres. Na verdade, bastava ser-se bonitinha e com um ar minimamente feminino para destoar no meio daqueles espécimens.
Tal como eu, as outras quatro meninas ficaram muito felizes por se irem instalar num local a cinco minutos da praia de Eressos.
Fomos buscar a bagagem à espelunca e lá nos dirigimos à casa que nos indicaram. A proprietária, uma grega com um ar desconfiado que nos olhava como se fossemos de outro planeta, entregou-nos as chaves e desatou numa conversa em grego que nos deixou com um ar atónito a fazer que sim com a cabeça sem, no entanto, entendermos patavina do que a mulher dizia. Calculámos que fossem recomendações do tipo “Não quero orgias!” “Nada de drogas ou bebedeiras!” “Não partam nada!”, etc.
Entrámos na casa e deparou-se-nos uma escada em caracol com um molho enorme de alhos pendurados do tecto. Antes de nos dirigirmos aos quartos, acho que todas pensámos: “Aqui há vampiros!” Eu, pelo menos, pensei. Chegadas ao cimo das escadas, haviam um quarto com cama de casal que seria para mim e T e um quarto triplo para A, C e P.
Os quartos eram amplos, arejados, estavam limpos e tinham jogos completos de toalhas, o que nos deixou muito satisfeitas. Largámos as coisas e lá fomos muito frescas e soltas para a praia.
A praia de Eressos tem um estilo algo familiar. Apesar de ser o bastião, por excelência, do turismo lésbico, vão para lá casais com os filhos, os sogros e o resto da família. Portanto, não dá para nos pormos à vontade (leia-se em top less, under less ou completamente less), sob pena de sermos corridas a grande velocidade.
Assim, indagámos qual a zona da praia onde estava o mulherio e depois de nos indicarem que era lá mais para o fundo junto à rocha, pusemo-nos a andar ao longo do areal.
Ao fim de um bom bocado de caminho bem olhávamos mas só víamos ... gajos nus de rabo ao léu. Começámos a comentar entre nós: “É sempre a mesma coisa, vimos para um sítio de gajas e só vemos gajos!”
Já bastante chateadas porque não vislumbrávamos uma única mulher, resolvemos abancar num pedaço de areal que nos parecia simpático apesar de nos sentirmos as únicas mulheres da terra. De repente, eis que um dos gajos se levanta e ... não era que o gajo apesar de ter pelame por tudo quanto era sítio, tinha mamocas e nada de pilinha? Embasbacadas, verificámos que os gajos eram, afinal, gajas! Um horror! Que mulheres tão pavorosas, meus deuses! A sério que me confrontei com a hipótese de mudar a minha orientação sexual. Acho mesmo que se ficasse a viver em Eressos para o resto da vida e a ter apenas a visão daqueles exemplares do sexo feminino virava hetero!
Percebemos, então, porque razão é que éramos olhadas como se fossemos extraterrestres. Na verdade, bastava ser-se bonitinha e com um ar minimamente feminino para destoar no meio daqueles espécimens.
Ok, pensámos, como não há mulheres giras para lavarmos as vistas, toca de gozar a praia. Se bem o pensámos, melhor o fizemos. Pusemo-nos em pelota e atirámo-nos à água.
Atirámo-nos como quem diz, entrámos devagar porque aquela belíssima praia, tem pedras e, para entrarmos na água, só com sapatinhos de borracha ou, então, em bicos dos pés quais improvisadas bailarinas soltando ais e uis porque, mesmo com todo o cuidado, as pedras magoavam os nossos pézinhos somente habituados às suaves areias das praias portuguesas.
Atirámo-nos como quem diz, entrámos devagar porque aquela belíssima praia, tem pedras e, para entrarmos na água, só com sapatinhos de borracha ou, então, em bicos dos pés quais improvisadas bailarinas soltando ais e uis porque, mesmo com todo o cuidado, as pedras magoavam os nossos pézinhos somente habituados às suaves areias das praias portuguesas.
Dentro de água, riamos à gargalhada, mergulhávamos, atirávamos água umas às outras, como crianças. Aquele disparate todo deu para soltar o stress que era mais que muito.
C e P encontraram, não sei onde, uma bóia que, se a memória não me falha, tinha a forma de um pato.
C e P encontraram, não sei onde, uma bóia que, se a memória não me falha, tinha a forma de um pato.
Pareciam tolas a brincar com o raio da bóia. P, que em criança tinha ficado traumatizada numa piscina porque se ia afogando, agarrava-se à bóia com unhas e dentes e C, uma excelente nadadora e mergulhadora, tentava convencer P a confiar nela e a largar a bóia. Era um fartote de riso para nós.
Tudo isto se passava sob o olhar atento dos “estranhos seres” que, como tinham pipi e mamocas, eram consideradas mulheres apesar de serem mais feias que várias juntas de bois.
Claro que as cinco portuguesas eram as belezas de Eressos, o que, diga-se em abono da verdade, não era difícil.
Claro que as cinco portuguesas eram as belezas de Eressos, o que, diga-se em abono da verdade, não era difícil.
Depois da praia, lá fomos até casa para tomarmos um belo duche, vestirmos umas roupas giras e arranjarmo-nos para irmos jantar uma Moussaka e conhecermos a night de Eressos que, não sei porquê, se nos meteu na cabeça que seria agitadíssima.
Os duches dos quartos tinham a particularidade de deitar pouca água mesmo com a torneira colocada na pressão máxima (no blog das vossas vizinhas está lá uma foto que atesta isso mesmo). Claro que fiquei furiosa, mas lá consegui tomar um duche que me soube a pouco.
Mas a agitada noite de Eressos esperava-nos e não havia imponderável que nos tirasse a boa disposição.
Pelas 21h00, saímos de casa, bonitas, perfumadas, bem vestidas, algumas maquilhadas, ou seja, vestidas e arranjadas para arrasar.
continua...
9 comentários:
Duca,
A vossa história é definitivamente um "dejá-vû", como a Viz tinha dito. Tivemos exactamente, até agora, as mesmas reacções e pensamentos...lol. As "gajas" modernas do norte da Europa (a maioria) são de cortar à faca!!
Quando foram havia já a "Cantina"? (bar de apoio à praia, às gajas da praia..)
Amanhã, colocaremos outras fotos..para continuar a saga.
Bjos (e continua que estamos a gostar...)
Viz Inha
Duca,
E ainda só vamos no primeiro dia :-)
Por este andar, esta história vai ter para aí umas 30 partes... Sorte nossa, que estamos a gostar muito! :-)
As bóias que nós fomos buscar estavam lá em regime de permanência para uso comunitário!! Fantástico isso!! Adorei esse detalhe, que diz muito sobre sociedade e civilização! Por exemplo em Portugal, isto seria impraticável. Dá que pensar!
Vizinha,
Não me lembro de "Cantina" nenhuma... Só de um charco com aspecto duvidoso onde nadavam tartarugas... ou cágados, sei lá, não sou exactamente o que se chamaria uma expert em classificação de espécies...
Beijinhos!!
Já estão as fotos...
Viz e Inha
Não me lembro de nenhum bar de apoio às gajas da praia. Já estive a ver as restantes fotos e percebo porque dizem que para vocês o meu relato das férias em Eressos é um déjà-vu! Até lá estão os molhos de alhos e tudo. Lol
Citadina
Bom, o relato agora vai passar a ser mais lesto. Sei que ainda faltam alguns pormenores engraçados, mas já falta pouco. Eu estou é espantada com a minha memória! Deve ser das vitaminas que ando a tomar. Lol
Pois não sabia que as bóias estavam na praia para uso comunitário! Fantástico! Quer dizer, há pelo menos oito anos as praias da Grécia podiam ter utensílios de recreio para uso comunitário e, em Portugal, oito anos depois isso ainda não é possível porque os mesmos desapareceriam num ápice! Deve ser por isso que eles nos passaram à frente em grande velocidade. Civismo é o que nos faz muita falta!
D. recebeste o mail?
Vizinhas
Recebi e já respondi! :)
Adorei!
Eu disse que passava...
"Pára de tremer, de te agitar, de sufocar, de amaldiçoar, e reencontra o teu fundo que eu sou.
Descansa das complicações, destorces e deformações.
Por uma hora serás eu; ou antes, a outra metade de ti própria.
Aquela parte de ti que tu perdeste. O que queimaste, partiste, estragaste encontra-se entre as minhas mãos.
Eu sou guarda de coisas frágeis e preservei de ti o que há de indissolúvel."
Anaïs Nin in A Casa do Incesto
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"No fim do silêncio está a resposta"
Deixa que te borde...nos lábios..o som...do silêncio..
Musa...poema...musa...poema...musa...um beijo&um café:-)
ELA
era assim:
queres?
queres algo?
queres desejar?
desejas querer?
desejas-me?
desejas querer-me?
queres desejar-me?
queres querer-me?
queres que te deseje?
desejas que te queira?
queres que te queira?
quanto me queres?
quanto me desejas?
ah quanto te quero
quando te quero
quando me queres...
Ana Hatherly
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Já tinha saudades...passa sempre que quiseres. A tua passagem é sempre desejada...
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