terça-feira, dezembro 19, 2006

Hoje lembrei-me de ti

























Ao responder a um tópico de um fórum lembrei-me de ti. Fui ao meu baú de memórias e encontrei este soneto que escrevi, naquela altura tão dolorosa em que te perdi. Vou deixá-lo neste meu diário, mais ou menos, público. Merece-lo!


Soneto triste

Vem garra adunca da agonia lenta
Massacra o corpo que escapar nem tenta
Do sangue que a mísera carne verte
Já nem a sente a minha alma inerte

Em rancor e ira meu amor se converte
Tão longe de mim estava perder-te
Eu que de mágoas parecia isenta
Ignorava quão grande seria a tormenta

Atada à tristeza está minha vida
Que por setas certeiras foi ferida
Frágil, balanço como um raminho

Chora comigo fonte do caminho
Grita comigo ave do teu ninho
Sintam comigo a dor de estar vencida

(Duca)

6 comentários:

Anónimo disse...

Oi minha linda =]
obrigada pelo karinho
em meu blog =]
amei seu soneto!
e suas palavras tb
muito belo teu cantinho
suave seja teu dia!
e um ano novo cheio de paz!
bjOs.......\o/

Duca disse...

Obrigada, Lady. Retribuo os teus votos de um ano cheio de paz. Beijo

Anónimo disse...

Por favor deixa-me subscrever o teu soneto... Há alguém de quem me lembro também, todos os dias.

Duca disse...

Não precisas pedir licença, Grace. ;)

Beijo

nnannarella disse...

__________________
Tom tradicional, de um fado antigo. Quiçá ainda o virei a cantar na minha mudança de vida ?...

Ou de como se pode falar ternamente da agonia.

"Estar" vencida; que não "ser".
"Estar" é sempre passageiro.
E uma Duquesa não perde batalhas.

Duca disse...

Nnannarela,

Perder batalhas já perdi algumas, mas a guerra é que não perco "nem a feijões". Dói, pois dói, mas depois passa e há que aprender e melhorar, sempre!
Musicar este soneto? Hum... a primeira quadra é tramada, mas confio no teu enorme talento, linda! :)