quarta-feira, dezembro 06, 2006

Lesboa Party II - Rescaldo de uma festa

Acompanhada por duas amigas, encontrei-me em Alcântara com outras duas e três penduras de última hora, para seguirmos rumo a um restaurante russo que fica na Calçada da Tapada, bem próximo do local da Lesboa Party.

O jantar decorreu alegremente. A comida era muito saborosa, não fosse o alho a mais, seria excelente. Na verdade, estávamos com receio de ficar com um hálito pouco recomendável, não fosse surgir uma oportunidade daquelas e afinfarmos com um beijo demolidor na outra pobrezinha que desmaiaria pela certa, não pelo beijo, mas pelo cheiro.

Cinco garrafas de vinho tinto Borba escorregaram pelas goelas de oito mulheres, sem apelo nem agravo, dando o mote para o que viria a ser uma noite de boa disposição.

Terminado o jantar e consequentes idas ao toilette para passar fio dental, verificar se o hálito se mantinha próprio para consumo e um jeito na maquillage, lá nos metemos nos respectivos carros em direcção à festa.

Chegadas ao local, colocaram-me uma pulseira de papel que me garantia a livre entrada e saída da festa, mas que destoava com o meu traje que era demasiado chic para tal acessório. Após a recolha da senha relativa à bebida escolhida que o bilhete oferecia, fomos brindadas pela recepção de uma bonita menina em long dress que, com um sorriso que a ocasião impunha mas que não deixava de ser simpático, nos ofereceu uns shots.

O espaço era bonito, amplo e bastante iluminado.

No palco, que ficava na zona da DJ e da pista de dança, estavam a actuar um grupo que mais tarde soube chamarem-se O’QueStrada, cuja vocalista cantava umas misturas de fado, pop, ritmos africanos, brasileiros e caribeños. Sinceramente não posso avaliar correctamente a sua actuação, porque a minha atenção estava focalizada no universo feminino que se encontrava na festa.

Relativamente à primeira edição reparei, por um lado, que haviam menos mulheres e menos glamour, por outro lado, a música melhorou substancialmente convidando à dança, assim como, o serviço de bares.

Se na primeira edição a circulação pelo local era garantia de lavagem de vistas, nesta segunda edição circular era pura perda de tempo pois as babes concentravam-se na pista, abanando os corpos de acordo com o som e olhando sedutoramente, muitas vezes para ninguém, apenas fazendo pose.

Cinco da manhã, a música começou a ficar demasiado martelada e nós resolvemos que a noite tinha terminado.

Quando cheguei ao carro, os meus pés gritavam por socorro e troquei os sapatinhos de cinderela pelos botins confortáveis que lá tinha deixado.

Concluindo, gostei da festa que, no geral, esteve melhor que a da primeira edição, salvo no glamour que nesta esteve escasso, o que também se compreende dado que muitas das mulheres que foram à primeira não foram a esta – talvez por causa do feriado que precedeu o fim de semana e que terá levado muita gente para fora de Lisboa – e no acesso, já que muita gente não conhecia o local e viu-se na contingência de palmilhar um bom bocado de caminho a pé.

Parabéns à organização e que a terceira edição deste evento seja ainda melhor e em breve.

2 comentários:

Duca disse...

Lolololol, cinco? É pá, e eu convencida que tinham sido três. Puxa, bebemos-lhe bem, caramba!

Duca disse...

O texto já foi corrigido para cinco garrafas de Borba. A minha alma está parva, como foi possível bebermos tanto?