A sociedade portuguesa, entre outras, implementa através de legislação a proibição de comportamentos preconceituosos. A Constituição da República Portuguesa postula o princípio da igualdade, no seu artigo 13º da seguinte forma:
1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.
2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.
O pleno reconhecimento da igualdade formal perante a lei não tem sido suficiente em Portugal e, como exemplo, os homossexuais não podem casar, apesar do artigo 1577º do Código Civil Português ser claramente inconstitucional, temos a violência de género, a diferenciação salarial, o maior desemprego feminino, a ainda escassa presença das mulheres nos postos de responsabilidade política, social e económica, as dificuldades de reconciliação entre a vida pessoal, laboral e familiar que nos mostram como a igualdade plena, efectiva, entre homens e mulheres, é ainda hoje uma tarefa pendente que apesar dos instrumentos jurídicos de que dispõe, carece de uma imensa acção política.
Mas também não é desta desigualdade real entre os géneros que vos quero falar.
Quero falar-vos de novas formas de preconceito que passam à margem da lei, cujas suas vítimas dificilmente se podem defender porque, de tão veladas, a matéria de prova é quase impossível.
Falo do covering. Já repararam que muitas pessoas não podem apresentar-se vestidas, penteadas ou calçadas de acordo com as suas tradições culturais, raízes ou livre forma de estar e de ser? É um facto! Só para vos dar um exemplo, um jovem com raízes africanas não consegue arranjar emprego, por exemplo, como segurança, se usar um penteado afro pois o que é considerado normal é o cabelo liso e, sendo demasiado encaracolado, deverá ser cortado bem curto.
1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.
2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.
O pleno reconhecimento da igualdade formal perante a lei não tem sido suficiente em Portugal e, como exemplo, os homossexuais não podem casar, apesar do artigo 1577º do Código Civil Português ser claramente inconstitucional, temos a violência de género, a diferenciação salarial, o maior desemprego feminino, a ainda escassa presença das mulheres nos postos de responsabilidade política, social e económica, as dificuldades de reconciliação entre a vida pessoal, laboral e familiar que nos mostram como a igualdade plena, efectiva, entre homens e mulheres, é ainda hoje uma tarefa pendente que apesar dos instrumentos jurídicos de que dispõe, carece de uma imensa acção política.
Mas também não é desta desigualdade real entre os géneros que vos quero falar.
Quero falar-vos de novas formas de preconceito que passam à margem da lei, cujas suas vítimas dificilmente se podem defender porque, de tão veladas, a matéria de prova é quase impossível.
Falo do covering. Já repararam que muitas pessoas não podem apresentar-se vestidas, penteadas ou calçadas de acordo com as suas tradições culturais, raízes ou livre forma de estar e de ser? É um facto! Só para vos dar um exemplo, um jovem com raízes africanas não consegue arranjar emprego, por exemplo, como segurança, se usar um penteado afro pois o que é considerado normal é o cabelo liso e, sendo demasiado encaracolado, deverá ser cortado bem curto.
Este VÍDEO mostra como o covering é uma realidade pois, apesar de ser filmado no Brasil contando-nos a história de jovens brasileiros, pode perfeitamente ser transportado para o que também se passa em Portugal. AQUI poderão ler todo o texto, resultado do estudo sobre o covering do americano Kenji Yoshino.
É caso para dizer, o preconceito existe, persiste e reinventa-se.
9 comentários:
Simplesmente: um post muito importante!
A reter, citações e canções do vídeo:
"Normal não existe." e "Respeito é bom.".
Será ssim tão difícil?
Beijões, Duca!
Disigualdade e descriminação irá sempre existir, infelizmente...
Cumprimentos e votos de uma excelente semana
littledragonblue
Infelizmente haverá sempre novas formas de descriminação. Sempre que alguma dessas formas deixe de fazer sentido a sociedade tratará de inventar outra, e outra e outra... É um circulo vicioso. Há pessoas verdadeiramente viciadas que não sabem viver sem ela, sem a praticar diariamente. Gostei do post e do blog.
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Parece que as pessoas não olham ao redor e vêm as desgraças em que vivemos: fome, pobreza, doença, desemprego, morte, violência, maus tratos...
Isso é que as devia de preocupar!
A cor, o sexo, amar o mesmo sexo, a aparência; não deveria incomodar ninguém!
Infelizmente é o mundo em que vivemos! :(
Bjs!
Infelizmente o preconceito existirá sempre... em várias areas. A unica solução a preparar as novas gerações, o que é complicada, já que os pais são portadores desse "gene" preconceituoso.
tema extremamente interessante! valeu a espera.
beijooo
todos nos temos um papel importante para lutar contra a desigualdade e discriminação embora o ser humano vai sempre descriminar de uma forma ou de outra
Olá
Vai sempre existir, porque a sociedade de hoje assim o exige...
Capitalismo
Beijoka
Agradeço os vossos comentários! Apenas quero acrescentar o seguinte:
Quando culpamos a sociedade do sem número de preconceitos que existem e que se vão reinventando, não nos esqueçamos que a sociedade somos nós, logo, cabe-nos a nós mudar este estado de coisas.
Nunca nos devemos divorciar dessa responsabilidade, aceitando passivamente o que nos impõem contra a nossa vontade, direitos e cidadania.
Deixarmo-nos ficar comodamente no conforto da "nossa normalidade" é extremamente nefasto.
Bem hajam!
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