quinta-feira, fevereiro 18, 2010

Tentar alterar a linha editorial de órgãos de comunicação ...

Este é o principal argumento do PGR para justificar os despachos de arquivamento do conjunto de documentos que recebeu e, onde, eram referidos indícios que deveriam ser investigados para eventual procedimento criminal contra o PM e outras pessoas mencionadas nas certidões das escutas do processo “Face Oculta”.

Estou muito mais elucidada e descansada. Contudo, devo confessar que estou também muito chateada e com vontade de exigir ao Estado a devolução de todos os valores que lhe paguei pela frequência e conclusão do meu curso de Direito na Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa e, ainda, uma indemnização por danos morais, já que, ao longo de todos estes anos, fui convencida do contrário do que defende o Senhor PGR cuja idoneidade lhe valeu ser um dos mais altos magistrados da Nação e, portanto, acima de qualquer suspeita ou Polvo.

6 comentários:

Andarilha das Estrelas disse...

Ok, até não pode ser crime o "tentar alterar a linha editorial de um órgão de comunicação", tentar não. Mas faze-lo às custas do erário público,da manipulação pelo capital e usar a máquina do Estado para tal(através de "pressão" junto à empresários)é diferente. Assim como o "tentar" fere a ética pública e democrática, pois ela vem acompanhada de atos vis, que se tornam fatos. Fatos estes que a canalha busca minimizar e até mesmo usar a burocracia jurídica. Como se o povo fosse tão estúpido que não percebesse a manobra maquiavélica.
Enfim, a história se repete! Só que lá e em tempos de ditadura a censura era um fato conhecido por todos, não que a torne menos cruel e menos aprisionante da verdade. Lá o povo é agrilhoado pelo ferro, aqui ele é agrilhoado pelos tentáculos de um poder, pela retórica jurídica manipulada e falseada.Ambos agrilhoam e são cínicos.

Duca disse...

O que se passou, meu amor, é que o PGR não relevou a forma tentada que neste tipo de crime - atentado contra o Estado de Direito - existe, de acordo com o artigo 9º da Lei 34/87 de 16 de Julho e que diz "O titular de cargo político que, com flagrante desvio ou abuso das suas funções ou com grave violação dos inerentes deveres, ainda que por meio não violento nem de ameaça de violência, tentar destruir, alterar ou subverter o Estado de direito constitucionalmente estabelecido, nomeadamente os direitos, liberdades e garantias estabelecidos na Constituição da República, na Declaração Universal dos Direitos do Homem e na Convenção Europeia dos Direitos do Homem, será punido com prisão de dois a oito anos, ou de um a quatro anos, se o efeito se não tiver seguido.".
Portanto, presupõe-se que o PGR só valoraria toda a situação como crime, se o cenário fosse o da concretização através de violência, esquecendo que o artigo é bem claro quando diz "(...)ainda que por meio não violento (...)!
Ironizo quando digo que vou pedir ao Estado (a Universidade Clássica de Lisboa é pública) os valores que paguei pelo meu curso, pois tive as minhas cátedras com os melhores professores de Direito que valem por 100 Pintos Monteiros juntos!
É óbvio que Pinto Monteiro, o PGR, quis proteger Sócrates e, portanto, só não vê quem é cego e quem não quer ver só pode ser idiota ou politicamente muito parcial!
Esta cena do Polvo PS já não é de agora, só que agora, a impunidade leva esta gentalha a ser descarada!
Anda o povo português, que para muita gente não passa de uma cambada de imbecis, a pagar impostos para ter a governar o país filhos da mãe da pior espécie!

Andarilha das Estrelas disse...

Falou e disse Senhora Doutora!

Elionora Duran disse...

Pinto Monteiro de cada vez que abre a boca contradiz-se. Mas ainda há quem pense que ele decidiu com toda a imparcialidade que um alto magistrado deve ter. O melhor era calar-se para não se enterrar ainda mais.

vieira calado disse...

Porquê, acima de qualquer suspeita,

se também come do mesmo tacho?

Beijoca

Duca disse...

Vieira Calado,

É óbvio que ironizo! Da forma como aqueles que se encontram à frente do Governo e das mais altas Instituições da Nação se têm comportado nos últimos anos, leva-me e a muitos portugueses, a sentir a mais completa falta de confiança nas mesmas.
E não há dúvida que o descrédito, a insegurança e a tristeza que muitos portugueses sentem não é prestigiante para quem está à frente do Governo e das Instituições, o que não deixa de ser grave.