domingo, fevereiro 14, 2010

Feliz ano! E declarem-se vivos!



Hoje começa o novo ano lunar.
No calendário chinês e em vários países orientais hoje começa o ano do Tigre.
O calendário é lunar e não solar como no ocidente.
O Tigre é o animal que representa a coragem, a potência e a ousadia.
O Tigre traz-nos a ousadia de sermos quem somos.
De sermos livres e não participantes dos jogos de poder, das velhas crenças e das manipulações como forma de controlo sobre o outro.
Termos a ousadia e a coragem de deixarmos de estar condicionados ao(s) velho(s) sistema(s) global(ais) (políticos, económicos, sociais e familiares) e de sermos quem os demais nos exigem que sejamos, à custa do amor por nós mesmos, porquanto, abrimos mão da nossa autenticidade, amorosidade e espontaneidade para sermos aceites e amados pelos outros.
Aqui fica um vídeo feito pela minha amada Andarilha Estelar ou Carioca Praieira, como quiserem, com imagens, na sua maioria, de Gregory Colbert e palavras do índio andino quechua, Chamalú – numa tradução para o português do original em espanhol – e que nos remete à reflexão.
No que me diz respeito, sinto-me identificada com esta liberdade e com esta soberania.
Afinal o que a maioria de nós faz senão buscar o amor? Só que o buscamos fora de nós! E porque procedemos assim? Por falta de conexão connosco próprios e com o AMOR que temos dentro de nós e que tem estado sempre tão próximo como a nossa veia jugular.

Declaro-me vivo!
Saboreio cada momento.
Antigamente me preocupava quando os outros falavam mal de mim.
Então fazia o que os outros queriam, e a minha consciência me censurava.
Entretanto, apesar do meu esforço para ser bem-educado, alguém sempre me difamava.
Como agradeço a essas pessoas, que me ensinaram que a vida é apenas um cenário!
Desse momento em diante, atrevo-me a ser como sou.
A árvore anciã me ensinou que somos todos iguais.
Sou guerreiro: a minha espada é o amor, o meu escudo é o humor, o meu espaço é a coerência, o meu texto é a liberdade.
Perdoem-me, se a minha felicidade é insuportável, mas não escolhi o bom senso comum.
Prefiro a imaginação dos índios, que tem embutida a inocência.
É possível que tenhamos que ser apenas humanos.
Sem Amor nada tem sentido, sem Amor estamos perdidos, sem Amor corremos de novo o risco de estarmos caminhando de costas para a luz.
Por esta razão é muito importante que apenas o Amor inspire as nossas ações.
Anseio que descubras a mensagem por detrás das palavras; não sou um sábio, sou apenas um ser apaixonado pela vida.
A melhor forma de despertar é deixando de questionar se nossas ações incomodam aqueles que dormem ao nosso lado.
A chegada não importa, o caminho e a meta são a mesma coisa.
Não precisamos correr para algum lugar, apenas dar cada passo com plena consciência.
Quando somos maiores que aquilo que fazemos, nada pode nos desequilibrar.
Porém, quando permitimos que as coisas sejam maiores do que nós, o nosso desequilíbrio está garantido.
É possível que sejamos apenas água fluindo; o caminho terá que ser feito por nós. Porém, não permitas que o leito escravize o rio, ou então, em vez de um caminho, terás um cárcere.
Amo a minha loucura que me vacina contra a estupidez.
Amo o amor que me imuniza contra a infelicidade que prolifera, infectando almas e atrofiando corações.
As pessoas estão tão acostumadas com a infelicidade, que a sensação de felicidade lhes parece estranha.
As pessoas estão tão reprimidas, que a ternura espontânea as incomoda, e o amor lhes inspira desconfiança.
A vida é um cântico à beleza, uma chamada à transparência.
Peço-lhes perdão, mas… DECLARO-ME VIVO!!!
Chamalú ( Índio Quéchua )

3 comentários:

Anónimo disse...

Lindo. O vídeo está muito bem feito com as fotos e a música bem escolhidas. O autor das palavras é alguém que vê e se recusa a fazer parte da cegueira colectiva.
Parabéns!

Andarilha das Estrelas disse...

Amor, fico muito feliz em perceber suas atitudes,inteiramente,em conformidade com o que voce diz e mesmo que não seja voce a dizer, é representativo de sua alma, de sua índole e de sua forma de ser.

Elionora Duran disse...

Aqui estou a declarar-me viva!