segunda-feira, setembro 28, 2009

Eleições - Saindo da Matrix II


Ontem, depois de se conhecerem os resultados destas eleições, mais uma vez, muitos daqueles e daquelas que votaram pelo partido que ganhou – não com uma vitória extraordinária que só existiu na cabeça de Sócrates depois de ter perdido a maioria absoluta – vieram para a rua com bandeirinhas do partido, palavras de ordem e olhos postos no líder.
Eu, sentada no meu sofá namorando a minha amada através da net – depois de me ter deslocado uns bons quilómetros “para exercer o meu direito de voto” (uma frase que tem tanto de bonita como de banal) através de um nulo – vou olhando para a televisão observando aqueles olhares e sorrisos de alegria aparvalhada, os braços no ar, o agito das bandeirinhas e não consigo deixar de pensar na facilidade com que se manipula o povo que, como animais amestrados, seguem o líder na esperança de terem uma vida melhor, sem se aperceberam que se não fizerem por si, ninguém o fará!
O sentimento que me assola o coração não é um sentimento egóico do tipo “a esperta sou eu porque já não alinho em sistemas políticos e menos ainda em lideranças”. É um sentimento de profunda pena e compaixão. Pena, porque, tal como há milhares de anos, o povo continua a ser desrespeitado e manipulado pela classe que detém o poder. Compaixão, porque, apesar disso, o povo continua a acreditar que a solução dos seus problemas está num sistema, governo ou líder.
Acreditam que as soluções vêm de fora. Rejeitam olhar para dentro de si e, aí, encontrar as habilidades que lhes são inerentes de modo a descobrirem as soluções. Rejeitam a soberania e a responsabilização individuais mas aceitam cegamente a soberania do Estado, do Governo, do Líder para os responsabilizar caso vejam defraudadas as suas expectativas.
Continuam sem perceber que desde que nasceram foram programados para se anular e subestimar as suas potencialidades e habilidades a ponto de terem uma tal baixa estima que não conseguem ver outra saída senão a busca das soluções para os problemas que surgem, num sistema e/ou líder.
Depois é vê-los seguindo, uma vida inteira, uma determinada solução – que não é a sua e sim a que adoptaram dos seus progenitores, familiares e/ou educadores – sem se atreverem a criticá-la porque convencidos que defendem a melhor de todas. Aliás, vivem tão convencidos de serem os mais espertos que acham que os que defendem outros sistemas e/ou líderes são uma cambada de burros!
Quanta arrogância, quanta cegueira, quanta surdez!
A mim, resta-me o sentimento de compaixão mas também o da alegria. A alegria da certeza de que um dia todos e todas perceberão quem verdadeiramente são, a dimensão e magnificência do seu poder individual e de como exercê-lo.

13 comentários:

Citadina disse...

Mas se não acreditas no voto (nem no sistema político), porque é que foste votar?
E sem sistemas como é que se organizam as sociedades? Ou elas não precisam, no teu entender, de organização?

Duca disse...

Citadina,

Em minha opinião, as sociedades não necessitam de nenhum sistema político mas de indivíduos verdadeiramente livres que desejem cooperar entre si para o bem comum, através do exercício das habilidades que lhes são inerentes.
O resultado da organização das sociedades através dos sistemas políticos está à vista e não podia ser mais nefasto.
Portanto, o meu voto é nulo e sendo um voto nulo é um voto de protesto contra os vários sistemas políticos do Estado e é tão válido como qualquer outro valendo o que vale.
Eu também não questiono o direito dos que votam em partidos que nunca ganharam eleições ou que se apresentam a votação eleitoral pela primeira vez!

Citadina disse...

Mas isso não é completamente utópico? Todos sabemos que há e haverá sempre indivíduos cujo único "bem comum" que conhecem e para o qual desejam cooperar é o deles próprios.
Além disso, admitindo que a liberdade é um bem (é evidente que não é isso que contesto) como vamos ultrapassar, sem sistemas de organização, o problema filosófico do conflito de interesses que leva, na maioria das vezes, a que "a tua liberdade acabe onde começa a minha"?
E eu não disse que o teu voto não é válido, quem diz é o sistema que rejeitas (mas onde participas). E muito menos questionei o teu direito de votar, só perguntei porque é que o fazes, se rejeitas o sistema de voto e, por isso, não percebo o que queres dizer com a última frase (da resposta acima)...

Andarilha das Estrelas disse...

Querida Duca,
Seu post alem de esclarecedor, é corajoso!
Esclarecedor no que diz respeito à sua posição e isto é seu direito inalienável, quer se concorde ou não com o que escreveu!
E corajoso, porque dificilmente entendido por se tratar de algo muito, mas muito novo e inteiramente diferente.
Pois sua posição e o que escreveu não tem nada de anárquico com organizações. Em detrimento delas serem sistematizadas por índoles e ideários. Sejam quais forem eles.
Sua posição é claríssima quanto ao fato de que nós perdemos, há muito, a aceitação como seres capacitados a nos gerirmos. A termos o direito enquanto indivíduos e coletivo à soberania.
Ser soberano é saber-se competente e hábil a auto governança, É saber-se livre para às práticas comunitárias, e saber-se íntegr@ e reconhecer a si mesm@ e ao outro com respeito, é saber-se responsável por suas ações e consequentemente, pelo rastro que deixa.
Sem dúvida que ao olhar seu povo com a aguçada percepção libertária que lhe é própria, seu sentimento seja o que você colocou: Pena e compaixão.
E depois, amor, convenhamos, a liberdade e a soberania requerem responsabilidade, requerem auto-estima e principalmente uma boa dose de humildade.
A considerar que humildade não significa em absoluto, fraqueza ou submissão mas tão somente uma reverência às habilidades d@ outr@, um reconhecimento de que alguém complementa o que me falta. E que a verdade não é propriedade privada.

Duca disse...

Citadina
Utópico? Não me parece! Ao fim e ao cabo é tudo uma questão de programação!
De qualquer modo, há lá coisa mais utópica que continuar a insistir em sociedades organizadas através de sistemas políticos obsoletos e com os resultados que estão à vista?
Até parece que nos sistemas políticos existentes não há “indivíduos cujo único "bem comum" que conhecem e para o qual desejam cooperar é o deles próprios”? Nem é preciso irmos muito longe na história da humanidade! As ditaduras e os ismos são disso um perfeito exemplo.
As ditaduras, tanto de direita como de esquerda e todos os ismos por acaso preocuparam-se com o conflito de interesses que existe entre a nossa liberdade e a deles?
Nas maiorias absolutas da democracia portuguesa houve alguma preocupação com a liberdade individual do povo português ou pura e simplesmente o atentado contra essa liberdade continuou?
Onde é que as ditaduras de direita e de esquerda alguma vez têm a preocupação de acabar com a liberdade deles quando começa a tua?
Aliás, em minha opinião é exactamente por causa da forma como as sociedades têm sido organizadas através dos vários sistemas políticos, que existe essa postura egóica por parte da humanidade.
Exactamente porque rejeito os sistemas políticos existentes é que voto nulo. De que outra forma eu posso manifestar a minha opinião?
Se em vez de uma maioria de votos nos vários partidos existisse em todas as eleições uma maioria de votos nulos ou em branco, o que achas que poderia acontecer?
Por isso eu sinto que é através do voto nulo que eu posso mostrar o meu protesto.
Também aqueles e aquelas que votam em partidos que nunca ganharam eleições ou que se apresentam ao eleitorado pela primeira vez, fazem-no apesar de saberem que não é o projecto do seu partido, e no qual acreditam, que vai ganhar.

Citadina disse...

Lá está: não estou a ver como é que se vai alterar de tal forma o código genético da Humanidade para que deixem de existir “indivíduos cujo único "bem comum" que conhecem e para o qual desejam cooperar é o deles próprios”. Mas quem sou eu? Eu não "vejo" nada, não é?
Também não percecbo como é que das minhas palavras se pode deduzir que eu defendo "ditaduras", "ismos" ou "maiorias absolutas". Não sei, de facto, onde é que eu alguma vez escrevi tal coisa, nem a que propósito vêm tais exemplos / argumentos, pelo que vou considerá-los um mero desvio da questão essencial. E qual é a questão essencial, para quem já se esqueceu? É esta: "sem sistemas como é que se organizam as sociedades?"
Sociedades essas que são formadas por humanos e não por aliens ou "espíritos iluminados", venham eles lá de onde vierem?
E mais uma vez: londe de mim afirmar ou sequer insinuar que tu ou alguém não tem pleno direito ao voto e a exercê-lo como quiser. Não sei de onde foste tirar isso nem porque continuas a insistir nessa questão. O que eu fiz foi uma simples pregunta: "se não acreditas no voto (nem no sistema político), porque é que foste votar?"
É preciso começar a distinguir entre uma pergunta e uma acusação. Eu por mim considero-me satisfeita com a tua resposta a esta pergunta embora a ache contraditória e desdimensionada porque tendente para tons ligeiramente, como direi, agressivos.
Mas na minha "arrogância, cegueira e surdez" - e atraso mental, já agora - continuo a não perceber qual é a proposta alternativa para a Humanidade e como poderia funcionar na prática. Deve ser porque sou burra ou por não "vejo mais além". (No entanto, percebo razoávelmente o português, pelo que se me explicarem com pés e cabeça, considero-me suficientemente capaz de entender).

Duca disse...

Querida Andarilha,

Somos programados desde crianças para transferirmos para os outros (seja de que forma for) a nossa soberania e, consequentemente, a responsabilidade que lhe subjaz.
E essa transferência dá-se porque nos convencem que somos incapazes e inábeis.
Esse convencimento causa uma imensa baixa estima com consequências terríveis como, por exemplo, permitir que o Estado, Governo ou Líder decida sobre a nossa vida ou, ainda, a baixa estima é tão grande que há uma necessidade enorme em ser melhor que os outros e jogar o jogo do poder piramidal. Daí eu defender que existe uma relação muito próxima entre os sistemas políticos de organização das sociedades e a forma como os seres humanos egoísticamente tentam por todos os meios obter dividendos da organização em que estão inseridos.
Muitas vezes, apesar de insatisfeitos, não conseguem pensar noutras formas de sociedade porque a programação e manipulação que sofreram ao longo da sua existência é de tal ordem que não concebem sequer que possa existir algo de diferente.
Mas, meu amor, tudo a seu tempo e no tempo certo.

Beijo

Duca disse...

Citadina,

Desculpa mas estás a pessoalizar o que eu digo no post.

Dizes que uso um tom agressivo, mas quem o usa no último comentário és tu. Em lado nenhum do meus post e nas respostas que te dou existe qualquer laivo de agressividade da minha parte.

Senão vejamos:

1- Quando falo de ditaduras e de ismos nunca disse que os defendes. Limitei-me a usá-los para exemplificar o que dizia, tal como usei as maiorias absolutas da democracia portuguesa.
2- Portanto, não me desviei do essencial, pelo contrário, mantive-me no essencial, usando exemplos muito concretos.
3- Também em lado nenhum eu escrevi sobre aliens ou espíritos iluminados, e, no entanto, não estranho que os uses para exemplificar o que dizes.
4- Sobre a questão do meu voto já me expliquei, portanto, se não fui clara, o mal não estará nas minhas razões e, sim, na minha incapacidade para melhor o comunicar.
5- Não confundo perguntas com acusações. Também não sei de onde retiras da minha resposta à tua pergunta, que me estou a defender de uma acusação que me tenhas feito.
6- Tens todo o direito de achar a minha resposta contraditória e, até desdimensionada, mas isso não significa que concorde com o que dizes e, repito, não existe da minha parte qualquer tom agressivo.
7- Na verdade não caio na tentação de pessoalizar as tuas intervenções. Pelo contrário, tento lê-las e entendê-las para melhor lhes responder. Claro que com a subjectividade natural que as opiniões individuais têm.
8- Também nunca te chamei arrogante, cega, surda ou, mesmo atrasada mental. Até parece que o meu post te era dirigido.
9- Lamento, Citadina, mas o que defendo não é passível de ser escrito em meia dúzia de palavras - apesar de já ter dado algumas explicações nas minhas anteriores respostas.
Na verdade, não sou nenhum espírito iluminado, mas apenas um ser humano que vai observando e refletindo sobre as questões da actualidade como, aliás, a grande maioria das pessoas. No entanto, quando quiseres e se quiseres, terei muito gosto em te explicar pessoalmente.

Citadina disse...

Há que distinguir entre agressividade e ironia. Estão bem patentes, uma e outra, nos nossos comentários.
A "pessoalização", como lhe chamas, é apenas discurso informal que, parece, foi mal compreendido e pior aceite. Lamento. Eu podia fazer o mesmo com o teu, em 10 ou mais pontos, mas claro, não o faço porque considero que entre nós a utilização de tal discurso é natural e devia ser inequívoco.
Fora isso, não tenho mais nada a acrescentar ao que já escrevi anteriormente a não ser que quando se lança um tópico para discussão, seja através de um post ou de outra forma qualquer, é razoável esperar que as pessoas a quem esse tópico suscite interesse aceitem o desafio de o discutir, ou debater construtivamente, como preferires, independentemente de concordarem ou não com o mote, ou sequer terem uma posição definida sobre ele.
A mim, que não me considero nem nunca considerei dona da verdade, mas que gosto e sempre gostei de pensar sobre as coisas, as reflexões manifestam-se amiúde na forma de perguntas. Foi o que fiz. A evolução natural de um processo destes seria uma frutífera troca e debate de ideias - que se pode perfeitamente fazer na blogosfera, aliás, eu faço-o todos os dias com outras pessoas, noutros blogs -
pelo que respostas como "o que defendo não é passível de ser escrito em meia dúzia de palavras" gera alguma frustração pelo resultado estéril e dissuasor da discussão filosófica no que de melhor ela tem para oferecer ao ser humano e donde, aliás, normalmente sai clarificação e evolução intelectual. Neste caso não saiu nada a não ser uma má aceitação por princípio do meu "atrevimento" em questionar. É isto que sinto.
A partir daqui tens, como sempre tiveste, pela parte que me toca, toda a liberdade possível e imaginária para desvalorizar os meus sentimentos e clasifcá-los como desajustados (até mesmo em 20 ou 30 pontos).
Mas se fores ler o que eu escrevi e o que tu respondeste, nem que seja só secretamente, chegarás facilmente, como pessoa inteligente que és, à conclusão que a questão fundamental que pus foi por ti deturpada e evitada do pricípio ao fim. Não levo a mal. Mas tenho pena. Compaixão não, é um bocado presunçoso e eu nunca na vida te dedicaria tal sentimento.

Duca disse...

Citadina,

Tenho este blog há bastante tempo e como sabes nunca recusei ou rejeitei um debate de ideias mais ainda quando colocado por mim na forma de post.
Volto a repetir que em momento nenhum das minhas respostas aos teus comentários existe agressividade e/ou ironia, tão somente uma tentativa de melhor expressar a ideia central do post que é a forma como os sistemas de crença em que as pessoas são moldadas desde a mais tenra idade, os leva a transferir a soberania e consequente responsabilidade para um sistema político e/ou líder. Isto, para depois, quando as coisas não correm de feição, poderem apontar o dedo ao líder que, antes, devido ao facto de ter ganho umas eleições, foi alvo da sua aparvalhada alegria e admiração.
Este estado de coisas faz com que as pessoas cada vez mais estejam adormecidas relativamente à sua capacidade para assumirem, em primeiro lugar a sua soberania individual e, posteriormente, a soberania colectiva com toda a responsabilidade inerente.
É disto que o post trata na sua essência o que não significa que eu seja a detentora da verdade, dado que se trata apenas de uma reflexão sobre algo que observei.
Não fugi à discussão ao afirmar que em meia dúzia de palavras eu não poderia explicar o que defendo como ideal de sociedade, pois que é algo de bastante complexo e que até pode ser alvo de um outro post, mas não deste.
Quanto às tuas questões elas foram respondidas todas de acordo com as tuas perguntas e com a ideia central do post e, ainda, com a seriedade e respeito que me merecem todos aqueles que fazem comentários no meu blog e em que, obviamente, estás incluída.

Andarilha das Estrelas disse...

Duca, meu amor
Peço-lhe licença para dar aqui o meu pitaco à Citadina.
Li e compreendi todos os comentários, assim como as suas respostas dentro do contexto do post.
Muitas vezes o que escrevemos é interpretado de forma diferente ao que verbalizamos a viva voz.
Os debates de idéias são assim mesmo, servem para aprender e ampliar, as idéias expressas.
E foi assim que entendi perfeitamente o que Duca coloca em seu post como seu sentimento compassivo.
Compaixão, em absoluto não é uma presunção,Citadina, mas sim um sentimento de amor.
Compaixão é um profundo pesar pela "dor" do outro, acompanhado de um forte desejo de remover a causa da "dor".
Portanto, não vejo como sendo uma presunção ter-se compaixão.
Convenhamos, os sistemas e os governos assim como alguns líderes utilizam-se de clichês, maquiagem e meias verdades (para não dizer mentiras)e o povo as engole,e cegamente transfere suas responsabilidades. Inconscientes que estão de sua soberania individual e coletiva.
Quando se tem amor pelo seu povo e pelo seu país só resta mesmo ter compaixão, quando se percebe um quadro de tal inconsciência.

Duca disse...

Andarilha meu amor,

Não precisas pedir licença para postar ou responder a comentários, pois este blog também é teu, ou já esqueceste que és uma das duas colaboradoras?

Citadina disse...

Ó Andarilha, desculpa lá, mas quem és tu, isto sem muitos rodeios, para assumir que aquilo que tu consideras doloroso se pode generalizar para todas as pessoas que lêem este blog? Isso não é um bocadinho paternalista e presunçoso?
Eu, por exemplo, não sinto dor nenhuma pelo facto de haver sistemas políticos e não é por isso que sou "inconsciente", santa paciência.
É claro que não há sistemas perfeitos (nem nunca haverá, incluindo essa "solução-maravilha" que não pode ser aqui explicada) e que "alguns líderes utilizam-se de clichês, maquiagem e meias verdades (para não dizer mentiras)e [ALGUM] povo as engole,e cegamente transfere suas responsabilidades."
Agora chamar "inconscientes", de uma forma generalizada ao "povo", como tu fazes, deixando subentendido, como é evidente, que tu (e mais um punhado de iluminados, certamente, que muito me agradaria conhecer, por sinal) não sofres dessa tal "inconsciência" não é presunçoso? Ópelamordedeus, como dizia o outro.
E olha, que não, cara amiga, olha que não, como dizia um dos homens mais brilhantes que Portugal produziu. Olha que NÃO É só isso que resta, ter compaixão, quando se quer efectivamente ajudar o povo. E eu até sei, porque tu me contaste que o fizeste, que tu sabes que é possível fazer muito mais do que limitadamente ter compaixão. Mas isso aí já vai da disposição actual para fazer ou não fazer e essa, estás no pleno direito de neste momento não ter.