Estive no Lesboa Party desde as 00h30 até às 05h00 e antes de passar a mais considerandos quero aplaudir esta iniciativa que espero ver repetida, mas com melhorias, por favor!
O espaço era amplo, com uma varanda espectacular onde se podia usufruir de momentos frescos e de animada conversa, porque, o São Pedro não nos mandou chuva.
O bar em ilha era razoável, mas a organização pecou por meter lá gente que, ou não fazia ideia do que é serviço ou então resolveu fazer a vida negra ao pessoal que lá estava. O(A)s pretenso(a)s "barmans" e "barmaids" estavam bêbado(a)s ou drogado(a)s porque inventaram que só podiam atender as pessoas ao meio de cada bancada e como não havia qualquer aviso a informar, quem tivesse a pouca sorte de se chegar um pouco desviado do centro, esperava mais de meia hora. Abriam garrafas atirando com as caricas para o ar, uma delas veio bater-me na testa, magoando-me. A higiene era escassa porque resolviam atirar com água para as caras suadas e depois deixavam os pingos escorrer para dentro das bebidas que preparavam e entregavam às pessoas, nhec, um nojo! A verdade é que durante aquelas horas só consumi duas bebidas (quando o normal é consumir quatro) porque de cada vez que tinha sede aguentava-a só de me lembrar que iria passar pelo filme de terror novamente.
A música era repetitiva, mais do mesmo, chata, cansativa e doentia (house e techno a mais) dirigida apenas ao pessoal mais jovem que nem era maioritário, pois que se encontravam na festa pessoas nas faixas etárias entre os 20 e os 50 anos.
Para fugir ao som demasiado martelado e que pouco apelava à dança, a maioria das pessoas refugiava-se na varanda, espaçosa e agradável, preferindo circular e conversar, prova de que a música não agradava.
No entanto, às 04h00, vieram uns seguranças dizer que a varanda ia fechar, ou seja, a única coisa que continuava a manter as pessoas na festa foi incompreensivelmente vedada. Enfim, coisas à portuguesa!
Claro que, por volta das 04h30, a festa perdeu uma enorme quantidade de gente que pura e simplesmente desapareceu como que por magia.
A organização perdeu dinheiro devido a uma data de erros que se acumularam, péssimo serviço de bar, música doentia e repetitiva e fecho da varanda demasiado cedo. Não há dúvida que a ideia que existe em alguns países de que os portugueses não têm jeito para o negócio é uma realidade.
Às 05h00, sedenta, com os ouvidos doridos e bastante desiludida, eu e o meu grupo bazámos. Foi pena!