(..) o mar com fim será grego ou romano: O mar sem fim é português
Teria razão? O advento de uma nova Consciência o dirá!
Gosto de futebol. Adoro uma partida bem
disputada. Ontem vi Portugal conseguir parar a “fúria” do atual campeão do
mundo e possível bicampeão europeu de futebol.
Dizem os “entendidos” que mais uma vez faltou a
sorte para o lado português que perdeu a partida na lotaria dos penalties.
Sorte? Mas podemos continuar agarrados à ideia
da eterna falta de sorte portuguesa? Se em vez de nos lamentarmos com a
constante falta de sorte – que só nos deixa com a auto-estima no fundo do poço
– não nos convencemos que Portugal não existe para ganhar campeonatos de
futebol ou quaisquer outros?
E se a missão de Portugal nada tem a ver com
questões de competição criados por um sistema político, financeiro, social
baseado na competição desenfreada que, contudo, se vai esboroando e que
naturalmente terá um fim?
E se a missão de Portugal é de algo sem fim e
não com fim como um simples campeonato de futebol?
Dizia Fernando Pessoa na segunda parte do
belíssimo “Mar Portuguez”:
“E ao imenso e possível oceano
Ensinam estas Quinas, que aqui vês,
Que o mar com fim será grego ou romano:
O mar sem fim é portuguez.”
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