quinta-feira, junho 28, 2012




(..) o mar com fim será grego ou romano: O mar sem fim é português



Gosto de futebol. Adoro uma partida bem disputada. Ontem vi Portugal conseguir parar a “fúria” do atual campeão do mundo e possível bicampeão europeu de futebol.  
Dizem os “entendidos” que mais uma vez faltou a sorte para o lado português que perdeu a partida na lotaria dos penalties.
Sorte? Mas podemos continuar agarrados à ideia da eterna falta de sorte portuguesa? Se em vez de nos lamentarmos com a constante falta de sorte – que só nos deixa com a auto-estima no fundo do poço – não nos convencemos que Portugal não existe para ganhar campeonatos de futebol ou quaisquer outros?  
E se a missão de Portugal nada tem a ver com questões de competição criados por um sistema político, financeiro, social baseado na competição desenfreada que, contudo, se vai esboroando e que naturalmente terá um fim?  
E se a missão de Portugal é de algo sem fim e não com fim como um simples campeonato de futebol?
Dizia Fernando Pessoa na segunda parte do belíssimo “Mar Portuguez”:

“E ao imenso e possível oceano
Ensinam estas Quinas, que aqui vês,
Que o mar com fim será grego ou romano:
O mar sem fim é portuguez.”

Teria razão? O advento de uma nova Consciência o dirá!



quarta-feira, novembro 02, 2011

O referendo grego


Já se percebeu que os gregos não são como nós portugueses! Eles mandam os "brandos costumes" para as urtigas e vão mesmo para a rua fazer mossa!
Ora, em qualquer país do mundo, as altas patentes militares estão sempre à coca, na expectativa de lhes darem boas razões para fazerem um golpe de estado de cariz militar! As razões são quase sempre relacionadas com desacatos da população em larga escala - farta de pagar pelas más políticas e a ganância de alguns - que têm como consequência o caos e, naturalmente, a ingovernabilidade.
Como se sabe, há uns dias os generais gregos em cargos de decisão foram substituídos. Isto, porque, diz-se - e como não há fumo sem fogo - já andavam a preparar um golpe de estado.
A História é profícua em nos provar que um golpe de estado de cariz militar, seja de direita ou de esquerda, é o pior que pode acontecer a um país e a um povo.
Assim, o primeiro ministro grego resolveu seguir a via do mal menor. Ao anunciar a necessidade de colocar a responsabilidade nos ombros do povo grego de decidir se quer mais austeridade por via de novas tranches de dinheiro da UE, ou não.
Com esta decisão, retira ao povo o direito de vir para a rua manifestar-se, independentemente do resultado do referendo, e retira, também, aos militares os motivos para fazerem um golpe de estado porque não há desacatos nem caos, nem ingovernabilidade!
Genial da parte de Giorgos Papandreou? Não! Apenas o desejo de ficar muito bem na fotografia - como bom descendente dos seus antepassados precursores da democracia - num momento de puro desespero onde a saída dele era mesmo só esta, não tenhamos a mais pequena dúvida!
Tivesse ele outra hipótese que não a do referendo e teria mandado a tal da democracia para as calendas!

sexta-feira, agosto 19, 2011

A maior lavandaria de dinheiro do mundo ameaça falir!



Faz um tempo que venho falando - entre outros, neste post - da desconstrução e dissolução do sistema financeiro. Não é adivinhação, apenas observação e, até, experimentação!
Hoje tive acesso ao texto que transcrevo e que vem de encontro ao que tenho defendido.


"A MAIOR LAVANDARIA DE DINHEIRO DO MUNDO AMEAÇA FALIR!
Por Gilles Lapouge

A Suíça estremece.
Zurique alarma-se.
Os belos bancos, elegantes, silenciosos de Basileia e Berna estão ofegantes.
Poderia dizer-se que eles estão assistindo na penumbra a uma morte ou estão velando um moribundo.
Esse moribundo, que talvez acabe mesmo morrendo, é o segredo bancário suíço.
O ataque veio dos Estados Unidos, em acordo com o presidente Obama.
O primeiro tiro de advertência foi dado na quarta-feira.
A UBS – União de Bancos Suíços, gigantesca instituição bancária suíça viu-se obrigada a fornecer os nomes de 250 clientes americanos por ela ajudados para defraudar o fisco.
O banco protestou, mas os americanos ameaçaram retirar a sua licença nos Estados Unidos.
Os suíços, então, passaram os nomes.
E a vida bancária foi retomada tranquilamente.
Mas, no fim da semana, o ataque foi retomado.
Desta vez os americanos golpearam forte, exigindo que a UBS forneça o nome dos seus 52.000 clientes titulares de contas ilegais!
O banco protestou.
A Suíça está temerosa.
O partido de extrema-direita, UDC (União Democrática do Centro), que detém um terço das cadeiras no Parlamento Federal, propõe que o segredo bancário seja inscrito e ancorado pela Constituição federal.
Mas como resistir?
A União de Bancos Suíços não pode perder sua licença nos EUA, pois é nesse país que aufere um terço dos seus benefícios.
Um dos pilares da Suíça está sendo sacudido.
O segredo bancário suíço não é coisa recente.
Esse dogma foi proclamado por uma lei de 1934, embora já existisse desde 1714.
No início do século 19, o escritor francês Chateaubriand escreveu que neutros nas grandes revoluções nos Estados que os rodeavam, os suíços enriqueceram à custa da desgraça alheia e fundaram os bancos em cima das calamidades humanas.
Acabar com o segredo bancário será uma catástrofe económica.
Para Hans Rudolf Merz, presidente da Confederação Helvética, uma falência da União de Bancos Suíços custaria 300 biliões de francos suíços ou 201 milhões de dólares.
E não se trata apenas do UBS.
Toda a rede bancária do país funciona da mesma maneira.
O historiador suíço Jean Ziegler, que há mais de 30 anos denuncia a imoralidade helvética, estima que os banqueiros do país, amparados no segredo bancário, fazem frutificar três triliões de dólares de fortunas privadas estrangeiras, sendo que os activos estrangeiros chamados institucionais, como os fundos de pensão, são nitidamente minoritários.
Ziegler acrescenta ainda que se calcula em 27% a parte da Suíça no conjunto dos mercados financeiros offshore" do mundo, bem à frente de Luxemburgo, Caribe ou o extremo Oriente.
Na Suíça, um pequeno país de 8 milhões de habitantes, 107 mil pessoas trabalham em bancos.
O manejo do dinheiro na Suíça, diz Ziegler, reveste-se de um carácter sacramental.
Guardar, recolher, contar, especular e ocultar o dinheiro, são todos actos que se revestem de uma majestade ontológica, que nenhuma palavra deve macular e realizam-se em silêncio e recolhimento...
Onde param as fortunas recolhidas pela Alemanha Nazi?
Onde estão as fortunas colossais de ditadores como Mobutu do Zaire, Eduardo dos Santos de Angola, dos Barões da droga Colombiana, Papa-Doc do Haiti, de Mugabe do Zimbabwe e da Máfia Russa?
Quantos actuais e ex-governantes, presidentes, ministros, reis e outros instalados no poder, até em cargos mais discretos como Presidentes de Municípios têm chorudas contas na Suíça?
Quantas ficam eternamente esquecidas na Suíça, congeladas, e quando os titulares das contas morrem ou caem da cadeira do poder, estas tornam-se impossíveis de alcançar pelos legítimos herdeiros ou pelos países que indevidamente espoliaram?
Porquê após a morte de Mobutu, os seus filhos nunca conseguiram entrar na Suíça?
Tudo lá ficou para sempre e em segredo...
Agora surge um outro perigo, depois do duro golpe dos americanos.
Na mini cúpula europeia que se realizou em Berlim, (em preparação ao encontro do G-20 em Londres), França, Alemanha e Inglaterra (o que foi inesperado) chegaram a um acordo no sentido de sancionar os paraísos fiscais.
"Precisamos de uma lista daqueles que recusam a cooperação internacional", vociferou a chanceler Angela Merkel.
No domingo, o encarregado do departamento do Tesouro britânico Alistair Darling, apelou aos suíços para se ajustarem às leis fiscais e bancárias europeias.
Vale observar, contudo, que a Suíça não foi convidada para participar do G-20 de Londres, quando serão debatidas as sanções a serem adoptadas contra os paraísos fiscais.
Há muito tempo se deseja o fim do segredo bancário. Mas até agora, em razão da prosperidade económica mundial, todas as tentativas eram abortadas.
Hoje, estamos em crise.
Viva a crise!!!
É preciso acrescentar que os Estados Unidos têm muitos defeitos, mas a fraude fiscal sempre foi considerada um dos crimes mais graves no país.
Nos anos 30, os americanos conseguiram caçar Al Capone.
Sob que pretexto?
Fraude fiscal!!!
Para muito breve, a queda do império financeiro suíço!"

Eu vou mais longe e digo: para muito breve, a queda do império financeiro, ponto!

quinta-feira, julho 07, 2011

Maria José Nogueira Pinto (23.03.1952 / 06.07.2011)



Era demasiado católica e conservadora para o meu gosto, mas também tinha na mesma medida a combatividade, a coerência e a coragem que são do meu gosto.

Raramente concordava com ela e relativamente a questões como o aborto e o casamento entre pessoas do mesmo sexo não podíamos estar em posições mais opostas - quanto mais não seja porque sou lésbica e estou casada civilmente com uma mulher - mas não abdicava de a ouvir sempre que podia, porque dizia o que pensava, característica que a tornava temível no confronto com os seus adversários políticos!

Conservadora, sem dúvida, mas igualmente honrada e de grande dimensão ética. Uma Senhora!

R.I.P.


segunda-feira, junho 20, 2011

Gregos acidentais!



Por tudo quanto é canto ouvimos notícias dizendo que a colagem de Portugal ao que se passa na Grécia é uma realidade e, prova disso, é que cada vez que a Grécia solta uns gases, Portugal leva uma machadada. A nossa comunicação social fica à beira do ataque histérico e os jornalistas, economistas e quejandos viram os verdadeiros acólitos da desgraça.

Como se não bastasse eu já me ver grega para solucionar certas questões, agora virei grega não em lato sensu, mas em oeconomĭcus sensu!

Aqui são mostradas as diferenças entre Portugal e Grécia em termos de números. Mas as diferenças não se resumem aos números.

A língua portuguesa deriva do latim vulgar que foi introduzido no oeste da península Ibérica há cerca de dois mil anos. O grego é um idioma indo-europeu que conta com mais de três mil anos.

O povo português é pacífico, fatalista, resignado, tem um cagaço ancestral da autoridade, critica muito mas age pouco porque foi acostumado a viver com a ideia de que somos um povo de brandos costumes e, quando se chateia faz, no máximo, uns manguitos, critica em voz alta e, por fim, limita-se a contar umas piadas sentado junto com os amigos à mesa de uma esplanada a beber umas imperiais e a comer tramoços. O povo grego, pelo contrário, é mais optimista, combativo e quando se chateia organiza-se rapidamente e vem para as ruas bater-se, umas vezes contra as autoridades policiais e o poder instituído, outras nem sabe bem porque e contra o que ou quem se bate. Bate-se e pronto!

Ora porque raios nos querem colar à Grécia? O que temos nós de comum com a Grécia e os gregos? Nada! Então porque razão quando os gregos batem o pé e levam com as malfadadas empresas de rating que lhes baixam a notação financeira da dívida, Portugal leva por tabela? Porque os investidores são ignorantes? Não! Toda a gente sabe que os portugueses nunca falharam um pagamento dos empréstimos do FMI, são pacíficos, acagaçados e aguentam com tudo e mais alguma coisa de bico calado!

Então porquê?

Porque - acredito sinceramente nisto - há uma estratégia para afastar da União Europeia e do Euro, numa primeira fase, os países mais frágeis como Portugal, Irlanda e Grécia - que representam apenas 6% do PIB da zona Euro – e, numa segunda fase, acabar com a União Europeia que, apesar das boas intenções do Tratado de Roma que instituiu a CEE, não passou disso mesmo e virou uma desUnião completa!

Portanto, de pouco nos vai valer termos um novo governo de maioria com uma enorme vontade de mostrar, novamente, como os portugueses são gente séria e cumpridora dos compromissos que assume, porque há uma morte anunciada da UE.

E será que a saída da UE e o seu fim serão benéficos? Não faço a mínima ideia, mas começo a acreditar que mal por mal mais vale só que mal acompanhado!

Querem ver que ainda acabo por dar razão ao ditador de Santa Comba Dão que defendia com unhas e dentes o "orgulhosamente sós"? Irra, as conclusões a que chega uma grega acidental!

terça-feira, maio 24, 2011

Para refletir sobre o que não pode ser ignorado!

Portugal tem:

1 – A pior dívida pública dos últimos 160 anos – não incluindo as PPP (Parcerias Publico-privadas) e Empresas Públicas –
2 – A pior taxa de desemprego dos últimos 90 anos (duplicou em 6 anos)
3 – A maior dívida externa dos últimos 120 anos
4 – A dívida externa bruta em 1995 era de 40% do PIB; A dívida externa bruta em 2010 era de 230% do PIB (a subir)
5 – A dívida externa líquida em 1995 era de 10% do PIB; A dívida externa líquida em 2010 era de 110% do PIB (a subir)
6 – A DÍVIDA PÚBLICA em 2005 era de 82.000.000.000€; A DÍVIDA PÚBLICA em 2010 era de 170.000.000.000€ (a subir)

E ainda:

1- Nos últimos 10 anos tem sido o 3º país do mundo com PIOR CRESCIMENTO ECONÓMICO e o 4º país do mundo com MAIOR CONTRACÇÃO de DÍVIDA
2- Está actualmente no 4º lugar do TOP dos PAÍSES DO MUNDO EM RISCO de BANCARROTA
3- Em 2011 PORTUGAL, Grécia e Costa do Marfim serão os únicos países em recessão no MUNDO. Mas,
4- Em 2012 só PORTUGAL estará em recessão no MUNDO.

Margaret Tatcher disse: "o socialismo dura até se acabar o dinheiro dos outros". Terá ela alguma razão?

domingo, abril 17, 2011

Saudoso Brasil

Ai as saudades que este meu coração luso-brasileiro tem do Brasil, puxa vida!



Canção do amor que chegou (Vinícius de Moraes)

Eu não sei, não sei dizer
Mas de repente essa alegria em mim
Alegria de viver
Que alegria de viver
E de ver tanta luz, tanto azul!
Quem jamais poderia supor
Que de um mundo que era tão triste e sem cor
Brotaria essa flor inocente
Chegaria esse amor de repente
E o que era somente um vazio sem fim
Se encheria de cores assim

Coração, põe-te a cantar
Canta o poema da primavera em flor
É o amor, o amor chegou
Chegou enfim


quinta-feira, março 24, 2011

Goodbye Liz

Desde a minha adolescência que te admiro. Vi todos os teus filmes. Todos.
Acompanhei a tua rara beleza e o seu crepúsculo.
Acompanhei o teu imenso e diversificado talento.
Acompanhei as tuas loucuras e o constante casa descasa.
Mas acompanhei, também, a tua inegável solidariedade e enorme generosidade na luta contra as injustiças sociais, contra a homofobia e contra a Sida.
Ontem o teu grande coração parou. Tinhas 79 anos feitos no passado dia 27 de Fevereiro.
Tenho a certeza que de onde estiveres te deves estar a divertir dando aquela gargalhada que te era tão característica e a olhar, certamente, por aqueles que foram objecto da tua atenção e luta.
Espero que os "pobres de espírito" pertencentes a alguns grupos religiosos que te acusam de imoral - porque sempre lutaste pelos direitos dos homossexuais e pela dignificação dos portadores do HIV e doentes de Sida - se calem e deixem a tua família despedir-se de ti em paz e sossego.
Agradeço-te linda Elizabeth Taylor pelos momentos de extraordinário talento que me ofereceste.
Goodbye Liz!



sábado, março 12, 2011

Globalização = Corporocracia

Entrevista com o norte-americano John Perkins que se auto denomina um assassino económico. Segundo alega, a sua função era elaborar estudos económicos falsos, de modo a aliciar países previamente escolhidos a fazerem empréstimos de tal monta que se revelarão impagáveis no futuro e, assim, tornarem-se economicamente dependentes dos países e corporações credoras. John Perkins escreveu o livro "Confissões de um Assassino Económico" publicado em 2004 e traduzido para diversas línguas, inclusive português.

Nesta entrevista percebe-se o fenómeno da globalização ou corporocracia e, ainda, como os Estados Unidos manipulam os países que têm petróleo.

Dá para entender porque razão a maioria dos países produtores de petróleo têm uma população muito pobre e meia dúzia esbanjando dinheiro.

Parte I


Parte II


Se quiserem saber um pouco mais procurem no YouTube pelo título Zeitgeist 2 (Addendum, Acréscimos) os 13 vídeos. Vale a pena!


segunda-feira, janeiro 24, 2011

Abstenção



Faço parte dos 53,4% dos eleitores que não foram votar nestas presidenciais.
Dizem os (des)entendidos que tal facto se terá devido a problemas com o cartão de cidadão e, imaginem, ao frio! Se as eleições fossem no verão diriam que tinha sido porque o pessoal preferiu ir para a praia.
Tem estado um frio do cacete e não é por causa disso que deixo de sair para tratar do que é necessário!
No início de Novembro obtive o meu cartão de cidadão com alteração de morada e de estado civil e já estou inscrita na freguesia onde moro, portanto, parece-me abusiva a desculpa de que a emissão do cartão de cidadão e o frio que se faz sentir, serem os causadores da fuga às urnas por parte de mais de metade dos eleitores portugueses!
Também não colhe o argumento da falta de cidadania que considero uma atitude arrogante de quem está convencido que pode passar um atestado de falta de cidadania a 53,4% da população eleitora deste país!
Há alguns anos que sempre que há eleições sejam elas legislativas, presidenciais ou autárquicas que me desloco às urnas e o meu voto é nulo!
Contudo, os votos nulos e os votos em branco deixaram de ser contabilizados e apresentados, pelo que, os cidadãos como eu que não se revêm em nenhum partido político ou candidato ficaram sem voz!
Assim, a única forma que encontrei de mostrar à nossa classe política incompetente, medíocre, mentirosa e corrupta o meu protesto, foi não indo às urnas!
E é extraordinário como ninguém se debruçou seriamente na retirada de ilações, que qualquer país democrático, deveria fazer perante a elevada taxa de abstenção, preferindo escudar-se em desculpas de mau pagador como a emissão dos cartões de cidadão, o frio e a falta de cidadania!
Qualquer dia, a taxa de abstenção deixará de ser contabilizada ou, se o for, não será apresentada!
Estou farta da conversa sobre a falta de cidadania dos portugueses, pois se há falta de cidadania neste país, é da parte da nossa classe política e sucessivos governos que nos prometem o contrário do que fazem e se convencem de que a governação de um país, apenas serve para o seu governo e de mais alguns apaniguados, boys ou o raio que os parta a todos!

quinta-feira, dezembro 16, 2010

Amanhã ...

... por volta desta hora estarei na princesinha do mar.



Desejo a todas e todos umas festas felizes.

Até daqui a um mês!


segunda-feira, dezembro 13, 2010

In Illo Tempore ...



Era oriundo de famílias aristocráticas e descendente de flamengos.
O pai deixou de lhe pagar os estudos e deserdou-o.
Trabalhou, dando lições de inglês para poder continuar o curso.
Formou-se em Direito.
Foi advogado, professor, escritor, político e deputado.
Foi também vereador da Câmara Municipal de Lisboa.
Foi reitor da Universidade de Coimbra.
Foi Procurador-Geral da República.
Passou cinquenta anos da sua vida a defender uma sociedade mais justa.
Com 71 anos foi eleito Presidente da República.
Disse na tomada de posse: "Estou aqui para servir o país. Seria
incapaz de alguma vez me servir dele..."
Recusou viver no Palácio de Belém, tendo escolhido uma modesta casa
anexa a este.
Pagou a renda da residência oficial e todo mobiliário do seu bolso.
Recusou ajudas de custo, prescindiu do dinheiro para transportes, não
quis secretário, nem protocolo e nem sequer Conselho de Estado.
Foi aconselhado a comprar um automóvel para as deslocações, mas fez
questão de o pagar também do seu bolso.
Este SENHOR era Manuel de Arriaga e foi o primeiro Presidente da
República Portuguesa.

(recebido por e-mail)

Em tempo próximo a eleições presidenciais, eis uma pequena biografia do primeiro presidente da república portuguesa.
Se todos os que governaram e governam Portugal tivessem esta conduta, estou certa que o País não estaria como está, ou seja, de tanga!


domingo, novembro 28, 2010

Os Miúdos estão bem e o mundo machista ainda melhor!

Eu estava avisada relativamente à mentira que é o filme “The Kids Are All Right” de uma tal Lisa Cholodenko, mas insisti em ir ver porque, sinceramente, quis acreditar que um filme cujas protagonistas principais são um casal de lésbicas com dois filhos tinha de ser bom, para ter tanto sucesso.

Engano! Esqueci que num mundo machista, um filme com um casal de lésbicas, só poderia ter sucesso, se aparecesse um macho a "comer" uma delas e a mostrar que, ao fim e ao cabo, sempre é verdade que as lésbicas só são lésbicas enquanto não lhes aparece pela frente "um homem como deve ser”!

De facto, um casal de lésbicas assumidas que se excitam com filmes pornográficos em que os protagonistas são homens e gays, convenhamos que é forçar muito a barra!

E, também, uma mulher que durante todo o filme dá mostras de ser lésbica e não bissexual, pois que, a certa altura, até diz ao moreno, viril, suado e peludo protagonista, “I don’t do men!” imediatamente antes de começar com ele uma cena de sexo intenso e explícito – algo que não se vê entre o casal de lésbicas, claro, pois no estereótipo, as lésbicas só fazem amor suave, ternurento e, preferencialmente com muita roupa – é forçar mesmo muito a barra!

A certa altura, na sala, ouvia-se um típico macho ibérico, provavelmente acabadinho de sair da coutada, rindo alarve e excitadamente com as cenas de sexo entre a “lésbica” Jules e o heterossexual, mulherengo e sexualmente incansável Paul, certamente porque no seu minimalista universo erótico cabe a ideia de que ele, o macho, irá conseguir, um dia, o grande feito de tornar hetero, uma lésbica. Talvez um dia alguém lhe diga ou mostre que essa fantasia erótica, não passa disso mesmo, de uma fantasia!

O filme é muito medíocre porque mente e, se é um sucesso de bilheteira, é porque juntou duas excelentes actrizes e arranjou uma forma de agradar ao universo erótico masculino. Nada mais!


terça-feira, novembro 02, 2010

Parabéns Dilminha!


A filha de um advogado búlgaro e de uma professora e dona de casa mineira, predestinada a ser uma menina com uma educação esmerada e preparada para o secular papel de esposa, mãe e fada de lar decidiu, um dia, ainda adolescente, deixar o conforto da classe média a que pertencia para combater a ditadura dos "milicos".
Dilma Vana Rousseff esteve presa durante 3 anos e foi torturada durante 22 dias sem que, contudo, os "milicos" tivessem conseguido obter da parte dela uma denúncia que fosse.
Esta guerreira foi, por mérito, Secretária Municipal da Fazenda, Secretária Estadual de Energia, Minas e Comunicações, Ministra de Minas e Energia e Ministra-Chefe da Casa Civil.
Esta mulher firme mas doce (como dizem as amigas que a conhecem bem) é a mãe do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) e foi ela que com o programa Luz Para Todos propôs acelerar as metas de universalização do acesso à energia elétrica, que tinha como prazo final 2015, propondo que 1,4 milhões de domicílios rurais fossem iluminados até 2006.
Esta mulher, que há bem pouco tempo venceu um cancro, é a actual Presidente da República Federativa do Brasil sendo, neste país, a primeira mulher a conseguir tal feito.
Aos brasileiros dou os meus parabéns por terem sabido votar em quem, de facto, FAZ!
Durante o discurso de vitória de Dilma não consegui deixar de me emocionar! De algum modo, senti que ela também falava para mim. Senti que ela também era a minha Presidente!
Parabéns Dilminha!

segunda-feira, setembro 27, 2010

Ai Brasil que "vadis" para onde eu quero ir!


Como eu gostava de já estar a viver do outro lado do Atlântico, ali, mais para sul, exactamente no local onde ele descreve uma curva e lambe as areias douradas da cidade maravilhosa que, entre os morros e o oceano, se deleita dengosa num samba sincopado enquanto beberica deliciada e preguiçosa um chopp tão gelado como um bumbum de foca ... hum ... que bomboca ... e poder votar nesta mulher no próximo dia 03 de Outubro!

sexta-feira, setembro 10, 2010

Ainda Fidel

Fidel, em tempos que já lá vão, experienciando o papel de libertador tirânico da pátria. Não há qualquer semelhança com a actualidade porque, hoje, há pura evolução da Consciência.

Não há dúvida que Fidel Castro acordou e finalmente entendeu algumas coisas, entre elas, que o sistema económico marxista-leninista não funciona mais. Eu acrescento que nunca funcionou porque foi sempre profundamente injusto. Aliás, o sistema capitalista é igualmente injusto. Portanto, cada vez somos mais os que acreditamos na queda deste sistema económico dualístico, de duas correntes, uma à esquerda e outra à direita, de bons e de maus consoante a perspectiva que se defende, ambas cruéis, manipuladoras, preconceituosas, injustas, tirânicas, completamente obsoletas e que só servem a ganância e sede de poder de meia dúzia de privilegiados, sejam eles algumas famílias detentoras do grande capital, ou uns quantos tipos pertencentes ao aparelho de estado.
De facto, só quem está em profundo estado de hibernação é que ainda não percebeu as mudanças que se estão a operar no planeta a todos os níveis - principalmente desde Setembro de 2007, altura do salto quântico - como este senhor que duvida das afirmações de Castro apesar de as mesmas terem sido corroboradas pelo embaixador de Cuba em Portugal, entre outros.
Mas os que se mantêm numa postura de cegueira quase induzida, direi, acordarão quando chegar a altura e se assim o desejarem.
Porém, se há uns anitos atrás me dissessem que o tirano Fidel Castro iria retratar-se relativamente à sua homofobia - que o levou, durante anos, a perseguir os homossexuais - e, que, iria admitir, pouco tempo depois, que o sistema económico cubano não servia mais, eu não acreditaria.
Mas, ainda bem que o homem acordou e ampliou a sua consciência! Fico muito feliz e nem pergunto “quo vadis Fidel?” porque acho que conheço a resposta.

quarta-feira, setembro 01, 2010

Mais vale tarde que nunca!



Esta retratação só peca por tardia!
Porém, é um excelente recado para o povo sul-americano cuja homofobia chega a matar!
Após estas declarações fico com a esperança de que as próximas sejam para defender as eleições livres. A ver vamos!


quinta-feira, agosto 12, 2010

Osho e Chomsky

Neste post a Andarilha transcreve um excelente texto sobre as ideias de Osho relativamente a sabermos o que e como Verdadeiramente Somos. Aconselho-vos a sua leitura pois garanto que não darão por perdido o vosso precioso tempo.
Apanhando a boleia do post da Andarilha e para aqueles que acham que é perda de tempo ler este género de textos, que só acreditam no que vêm e naquilo que a Ciência pode evidenciar e provar, desconfiando sempre "das cenas parvas da espiritualidade" e que negam aquilo que para mim é evidente mas que para eles não é - haja respeito pelas opções de cada um - decidi transcrever um texto de Chomsky que fala das várias estratégias utilizadas que nos têm condicionado desde sempre.
Depois de lerem, reflictam sobre se o Osho não tinha razão quando dizia "E toda criança deve ser educada de tal forma que ela se ajuste à sociedade; e isso é tudo, porque a sociedade está interessada em membros eficientes. A sociedade não está interessada no fato de que você deveria chegar ao auto-conhecimento. A sociedade cria um ego porque o ego pode ser controlado e manipulado. O eu nunca pode ser controlado e manipulado."
"CHOMSKY E AS 10 ESTRATÉGIAS DE MANIPULAÇÃO MIDIÁTICA‪

O linguista estadunidense Noam Chomsky elaborou a lista das “10 estratégias de manipulação” através da mídia:

1- A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO.

O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes.
A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética.
“Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais (citação do texto 'Armas silenciosas para guerras tranquilas)”.

2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES.

Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade.
Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.

3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO.

Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos.
É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.

4- A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO.

Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura.
É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado.
Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a idéia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.

5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE BAIXA IDADE.

A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental.
Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizando.
Por quê?
“Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade (ver “Armas silenciosas para guerras tranquilas”)”.

6- UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE A REFLEXÃO.

Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto-circuito na análise racional, e por fim ao sentido crítico dos indivíduos.
Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar idéias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos…

7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE.

Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossível para o alcance das classes inferiores (ver ‘Armas silenciosas para guerras tranquilas’)”.

8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDIOCRIDADE.

Promover ao público achar que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto…

9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE.

Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o individuo se auto-desvalida e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação.
E, sem ação, não há revolução!

10- CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM.

No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas e utilizadas pelas elites dominantes.
Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente.
O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos."

Esta é uma mensagem do Movimento Mídia Livre. Não deixe a mídia de massa manipular. Repasse esta mensagem e socialize a informação.
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quarta-feira, junho 09, 2010

Para memória futura


No passado dia 7 de Junho, primeiro dia da entrada em vigor da Lei 09/2010 de 31 de Maio, a Teresa e a Helena finalmente cumpriram o sonho de casar, tornando-se, assim, o primeiro casal homossexual a ficar unido pelo casamento em Portugal. Era de esperar. Deixo os meus parabéns e a minha gratidão às duas.

De notar que foi um casamento simples e sem o ridículo folclore tão usual nos casamentos heterossexuais e tão bem descrito aqui.