quarta-feira, outubro 10, 2007

Mitos da sexualidade feminina e do sexo lésbico

Para o homem pré-histórico a mulher estava envolta numa aura mística. Ela sangrava todos os meses e não morria, enquanto que para qualquer homem sangrar significava morrer. Como desconhecia o seu papel na reprodução, o homem pré-histórico considerava a mulher muito poderosa porque ela conhecia o segredo de ter bebés. Daí, ser fácil perceber porque a mulher era identificada com a Deusa e porque a primeira divindade tinha características femininas. Na verdade, em vários locais históricos e arqueológicos do mundo inteiro, foram encontradas inúmeras imagens que representavam a fertilidade da mulher e da Terra, atribuindo à condição feminina, a Fonte Criadora Universal.
Quando os homens descobriram que tinham um papel fundamental na reprodução, a relação entre os dois géneros mudou radicalmente. Por via de uma força física notoriamente superior, o homem passou a dominar a mulher, retirando-lhe a importância que ela tinha.
A sociedade ocidental, dominada pelo género masculino e formada sob a égide da mitologia judaico-cristã, afastou-nos das nossas origens e deu-nos uma educação totalmente desprovida de símbolos femininos.
O homem passou a ter uma necessidade absoluta de se certificar que deixava descendência. Essa necessidade, nunca foi feminina já que a criança saída do ventre da mulher era sempre desta, independentemente do homem a quem pertencia o espermatozóide que lhe fecundara o óvulo. Até há bem pouco tempo, quando ainda se desconhecia a importância do ADN, havia um ditado que o povo colocava na boca das avós: “Os filhos das minhas filhas, meus filhos são, os filhos dos meus filhos, serão ou não.” Ainda hoje, em algumas tribos africanas, por exemplo, quem vai ser o futuro soba (rei), não é o filho varão do soba reinante e sim o filho varão da sua irmã.
O único fundamento para a relação sexual passou, assim, a ser a reprodução, sendo instituído como normal, apenas o acto sexual entre um homem e uma mulher, ou seja, a heterossexualidade. Tudo o que fugisse a esta norma reprodutiva, era considerado anormal ou mesmo patológico.
As mulheres tinham de ser fúteis, frágeis, passivas, ignorantes e sem desejos sexuais que, nelas, eram considerados desviantes e as catapultava para a "má vida".
Esta repressão sexual durou séculos. Porém, desde há uns anos e até aos nossos dias que o sexo deixou de ser apenas o meio de propagação da espécie e passou a ser visto como uma necessidade que nos faz bem e nos relaxa.
O problema, é que se passou da repressão sexual de outrora para a actual banalização do sexo. Mesmo que não andemos à procura de sexo, ele vem ter connosco. Na televisão, no cinema, na publicidade, etc., a nossa mente é constantemente preenchida com mensagens e imagens mais ou menos subtis que nos levam a acreditar que se não formos uns atletas olímpicos do sexo não seremos felizes. Ora, com esta preocupação em sermos felizes através de uma actividade sexual competitiva e alucinante, o sexo acaba por se tornar uma fonte adicional de problemas, em vez de nos tornar felizes. Cabe, a cada um de nós, a dificílima tarefa de discernir sobre o que queremos e não permitir que factores externos à nossa vontade, nos obriguem a “consumir” sexo, como se fosse um hamburger ou um hot dog.
No entanto, apesar de toda a actual banalização do sexo, a verdade, é que o padrão ainda assenta na ideia de que apenas existe relação sexual quando há penetração e, para haver penetração, é necessário o pénis.
Portanto, na nossa sociedade que se mantém patriarcal, a actividade sexual tem de girar em torno do órgão sexual masculino. A verdadeira relação sexual, só existe entre um homem e uma mulher ou entre dois homens.
Ninguém pergunta a dois gays o que fazem na cama. Como ambos têm pénis, não existem quaisquer dúvidas sobre as formas como podem retirar prazer do corpo um do outro. Porém, quase não há lésbica que não tenha passado pela sacramental e humilhante pergunta: “O que fazes na cama com outra mulher?”
Esta pergunta transporta-nos para a certeza de que as pessoas ainda não se libertaram da ideia de que, por não ter pénis, a mulher é individualmente e por si só, assexuada, apenas se tornando um ser sexual quando em contacto com o pénis, portanto, com a sexualidade masculina.
Há uns dias atrás, recebi neste blog um comentário de um homem com 26 anos (!!!) que dizia o seguinte: “Quanto à tua homossexualidade, é triste e só tenho a dizer que deves ter encontrado muitos tipos que não sabem fazer o serviço, daí estares assim. É pena. Mais uma mulher que se perde "para o outro lado", graças à incompetência masculina.”
Logo, para as pessoas que pensam como este indivíduo e que são mais do que seria desejável, a minha sexualidade não é autónoma nem individualizada, é dependente. Dependente da sexualidade masculina. Sou lésbica, não porque eroticamente, sexualmente e emocionalmente desejo mulheres, mas porque, não se aproximou de mim um homem suficientemente "competente" - obviamente como ele - que me tornasse um ser sexual satisfeito de modo a que nem sequer me passasse pela cabeça a ideia de desejar mulheres.
Mas mau, muito mau mesmo, é quando deparamos com mentalidades destas em médicos ginecologistas! É verdadeiramente atroz a ignorância de que muitos padecem. Ora leiam lá aqui e digam se não é de bradar aos céus.
Não há dúvida de que esta mentalidade, ainda muito generalizada, é o resquício de uma sociedade que relegou (e ainda relega) a mulher para segundo plano, apagando-a da História. Até na busca de informação sobre homossexualidade feminina, esta situação é notória, contrariamente ao que se passa quanto à homossexualidade masculina.
Ora, a ideia de que as mulheres são frágeis, passivas, doces, subtis e só por si, assexuadas, levou à criação de um outro mito sobre o sexo entre as lésbicas. Este, é também e somente, doce, subtil, suave, carinhoso, enfim, com as características ditadas como inerentes ao género feminino.
Nada mais errado.
Já por várias vezes aqui falei de um blog lésbico e erótico que, para mim, é o melhor da blogosfera. Chama-se Uva Na Vulva e a sua autora BF, defende, tal como eu, o seguinte:
“Sexo é sexo, tesão é tesão, seja entre duas mulheres, dois homens, um homem e uma mulher. Podemos ser delicadas, suaves, amorosas durante o sexo… Mas não necessariamente somos. Lésbicas também têm tesão alucinante, também fazem sexo animal, instintivo, selvagem. Lésbicas também transam apenas por desejo, atração física, também fazem sexo casual. Lésbicas fodem, trepam, se comem, assim como também fazem amor.”
Aconselho-vos a leitura de todo o texto.
Não se deve estranhar, assim, que a maioria das lésbicas goste de ser penetrada e goste de penetrar. Algumas até apreciam sexo anal. Posto isto, poderá haver quem se sinta tentado/a a fazer as seguintes perguntas:
- Se é assim, então porque não gostam de homens? Porque os gostos sexuais e formas de satisfação sexual, não têm nada a ver com orientação sexual.
- Como se penetram as lésbicas se não têm pénis? As lésbicas sempre usaram as mãos e, actualmente, apesar de no mercado existirem à venda vários acessórios, como os já sobejamente conhecidos strap-on para colocação de dildos, muitas lésbicas não apreciam brinquedos sexuais e continuam a preferir as respectivas mãos e, consoante o momento e a forma como a parceira deseja ser penetrada, usá-las. Há, inclusive, uma técnica conhecida como fist fucking.
Também não se estranhe que existam mulheres que não gozem com o sexo oral. “Todas as mulheres adoram sexo oral e gozam sempre assim.” Este é mais outro mito e andam por aí algumas mulheres que se acham umas anormais porque não apreciam sexo oral. Disparate! Era só o que faltava obrigar-se as mulheres a gostarem disto ou daquilo. Aliás, convém lembrar que tem de existir um determinado clima para o sexo oral acontecer sem constrangimentos. O sexo oral não é um princípio, nem um fim. O sexo oral pode ou não fazer parte do jogo sexual. Para além disso, há quem não o saiba fazer e/ou não goste. Se assim é, é melhor não insistir em fazer. O cunnilingus é uma arte que só deve ser praticada por quem gosta de o fazer e o saiba fazer.
De qualquer modo, é preciso nunca esquecer o maior instrumento sexual que temos: as nossas fantasias! Não vale a pena estarmos numa de sexo, seja ocasional ou com quem amamos, se não libertarmos as nossas mentes e não soltarmos as nossas fantasias.
Numa visita aos arquivos do blog Uva Na Vulva poderão encontrar muita informação que arruma de forma fundamentada com alguns mitos sobre a sexualidade feminina e o sexo entre mulheres.

29 comentários:

Anónimo disse...

Muito interessante este post!

Quando dizes que se passou da repressão sexual à banalização do sexo, penso que talvez seja um processo normal de transição. Como sabes a repressão leva muitas vezes a excessos na sua passagem à liberdade, e não só a nível sexual.

Em África, entre os povos nativos, onde não imperava a civilização judaico-cristã, o sexo sempre foi considerado uma necessidade fisiológica e afectiva tão normal como comer, dormir, etc, e penso que é assim que deverá ser considerado. Com as normais diferenças de "apetite" entre pessoas.

Quanto ao "consumo" do sexo de forma competitiva e alucinante se tornar numa fonte de problemas que nos torna infelizes, embora esteja de acordo contigo, penso que não podem ser estabelecidas normas rígidas gerais. Cada ser é índividual e cada casal é um casal único. E há diferenças de temperamento entre as pessoas. O que é demais para uns pode ser pouco para outros. O importante é encontar-se o equilíbrio que nos torna felizes.

Pedro Almeida disse...

Fuck Feast ou Fist Fucking (ou Fisting) ?
Fist = Punho

Não concordo com a parte de que o cunnilingus só deve ser feito por quem o saiba fazer. A aprendizagem mútua por parte do casal faz parte da relação e a comunicação é sempre importante. Além disso a prática faz a perfeição ;-)

Duca disse...

Cosmopolita

Concordo contigo quando dizes que a repressão leva a excessos e que o que para uns é demais para outros é de menos.

Contudo, não pretendi chamar a atenção para a questão da quantidade e da forma dos apetites sexuais individuais e sim para a "imposição" por parte dos orgãos de comunicação que se comportam como prescritores de comportamento enchendo-nos a cabeça com imagens onde o sexo está sempre ligado ao sucesso.

Duca disse...

Pedro Almeida

É Fist Fucking ou Fisting . Já está corrigido. Obrigada! :)

Sem dúvida, que a aprendizagem mútua é muito importante e mais importante, ainda, se torna se os intervenientes gostarem de fazer. Quando se gosta, a aprendizagem está muito facilitada. O problema é quando não se gosta. Aí, o melhor é mesmo não fazer porque é pura perda de tempo e, ao fim e ao cabo, a sexualidade feminina não se resume ao cunnilingus.

Anónimo disse...

Gostei muito do seu blog!

O assunto deste post é, além de interessante, importante. Mas infelizmente não é muito falado.

Realmente, "ninguém pergunta a dois gays o que fazem na cama", o que comprova todo um pensamento machista de grande parte da sociedade.

Já passei por essas situações que você descreve. E sou questionada não só pelos homens, mas pelas mulheres também.

Não podemos esquecer ainda da cultura religiosa que tem papel fundamental nessas questões.

Anónimo disse...

Não li o teu texto ainda... vim para dizer, que ando por aqui... e em breve darei noticias (a ti e á ela) beijos

Duca disse...

Marta

Ninguém pergunta a dois gays o que fazem na cama porque vivemos numa sociedade falocêntrica.

Não se admire que a pergunta não seja formulada apenas por homens. As mulheres também a fazem. Se pensarmos bem também são as mulheres que sustentam as coisas como estão. Aliás, eu defendo que grande parte da responsabilidade pelo machismo existente nesta sociedade falocêntrica é das mulheres. Já deve ter reparado na forma diferenciada como elas tratam os filhos relativamente às filhas. Babam e são incrívelmente permissivas com os filhos e, no entanto, são muito exigentes com as filhas. E, pasme-se, esta postura vem muitas vezes da parte de mulheres que sempre se rebelaram contra o machismo.

Quanto às questões religiosas, no início do post falo disso quando digo que esta sociedade machista foi formada sob a égide da tradição religiosa judaico-cristã.

Pedro Almeida disse...

Caríssima Duca,

Limitar a sexualidade lésbica ao cunnilingus no fundo é exactamente o mesmo que limitar a sexualidade heterosexual ao coito, ou como dizem os nossos irmãos transatlânticos, posição papai-mamãe. ;-)
Pseudo-parafraseando o Jorge Coelho no Quadratura do Círculo...Há "munta" falta de imaginação por esse país fora :-)

Eu acho que na intimidade do casal, hetero ou gay, claro, os únicos limites que devem haver são os do respeito pelos gostos de cada um dos membros, no resto, entrega total.

Quanto ao gajo de 26 anos que te escreveu isso, tenho as minhas dúvidas que ele pense mesmo assim, cá para mim foi uma patética tentativa de te seduzir, a ver se ele te conseguia "converter", no fundo em bom Português...atirar o barro à parede. lol

Beijo.

Duca disse...

Flower Duet

Fico então a aguardar notícias que espero sejam o que desejo porque mudaste para privado. :)

Ainda não leste o post, mas eu gostava de saber a tua opinião, linda.

Beijo

Duca disse...

Pedro Almeida

"Limitar a sexualidade lésbica ao cunnilingus no fundo é exactamente o mesmo que limitar a sexualidade heterosexual ao coito ..."

Exactamente. Repara que quando digo que a única sexualidade aceite era a heterossexualidade, foi no contexto da procriação e termino dizendo que tudo o que fugisse a essa norma era anormal ou patológico.

Não foram só os LGBT que foram - e ainda são - sexualmente reprimidos. Os heterossexuais também. Criatividade e imaginação não foram permitidas durante muito tempo.

"Eu acho que na intimidade do casal, hetero ou gay, claro, os únicos limites que devem haver são os do respeito pelos gostos de cada um dos membros, no resto, entrega total."

Estou totalmente de acordo contigo.

Quanto ao gajo de 26 anos, confesso ter ficado surpreendida com a postura dele, tão retrógrada. Converter-me? Hum ... não sei. Se calhar ele não leu outros posts e, portanto, não sabe que já estive do lado padrão o que torna a conversão muito mais difícil. :)

Anónimo disse...

Querida amiga, saudade.
Muita, muita, muuuuuuita mesmo! Mas é que estou como você: atolada em afazeres, que reduziram em muito minha disponibilidade internética.
Agradeço, mais uma vez, por todo o seu carinho, atenção e amizade.
Grande beijo,
BF.

Duca disse...

BF

Querida amiga, a saudade também é muita deste lado do Atlântico.
O tempo é muito pouco, mas sempre que posso, estou na luta e muitas vezes com os teus textos e o teu blog - que leio religiosamente - na minha mente, inspirando-me.
Grande beijo com sabor a castanhas, um fruto bem outonal.

ATG disse...

Eu sabia que te assumias como lésbica por recalcamento! Os homens foram maus para ti e crias este texto onde tentas castigar o homem sem que existam limites para isso. Dá para ver que existe aí muita raiva. Eu sabia que tudo não passava de um distúrbio. Os psicólogos e os psiquiatras podem curar isso.

Galarote disse...

É pá oh Duca,o macho musical é uma anedota!

Das duas, uma! Ou não sabe ler português ou tem um problema grave de cognição!

Ler um post deste (se é que o leu)e fazer uma observação tão cretina, é no minímo gritante.

Um beijo do teu macho preferido,

Galarote

Anónimo disse...

Bem, de facto DJ tu não entendes nada de mulheres hetero ou lesbicas!
Alias nem entendo porque raio ainda andas aqui! mas ok!

Duca acho que a minha opinião ficou resumida nesta tua frase: "...é preciso nunca esquecer o maior instrumento sexual que temos: as nossas fantasias!"

O objectivo não é a penetração nem sequer o orgasmo... é TUDO o que sentimos no momento, é ultrapssar qualquer limite... enfim... the sky is the limit. :))

aquilo tá fechado mesmo :)

beijokas

Duca disse...

DJ

De facto, estás tão cheio de ti e das tuas razões que até lês coisas que não foram escritas.
A ignorância, principalmente aquela que se envolve em vestes de sabedoria é, sem dúvida, a causadora de todos os males da Humanidade.
Mas há uma coisa que não entendo; Se para ti eu sou uma lésbica recalcada e com distúrbios psicológicos que maltrata os homens, tu, que és homem, machista e homofóbico andas aqui, porquê? Por masoquismo, só pode.
Continuar a gastar latim contigo, é pura perda de tempo.

Duca disse...

Galarote

De facto, há pessoas que não valem mesmo a pena. Até eu que sou muito paciente, acabo por desistir.

Então como vai o meu macho favorito? :) Vou lá dar um saltinho ao seu espaço para saber se há galinhas novas na sua capoeira a tirarem-me o lugar junto de seu peito penugento. ;)

Afago na crista.

Duca disse...

Flower Duet

The sky is the limit

Nem mais. É isso mesmo!

Fechado? :( E não vais reabrir? Quando o fizeres, não te esqueças de me dizer, ok? Tenho email disponível no blog.

Beijoka

ATG disse...

DUCA,

gosto de ler os desabafos... só isso. E as contradições.

sara disse...

Excelente post!

Totalmente de acordo quanto ao machismo feminino. Se as mulheres se opusessem ao tratamento diferencial entre meninos e meninas, as ideias enviesadas seriam, quanto mais não fosse, minimizadas. Mas, para além de não se oporem, muitas vezes são as próprias mães que demarcam essa diferença. Continuam a alimentar cegamente um sistema de cuja injustiça depois se queixam. Conheço inúmeros casos.

"para as pessoas que pensam como este indivíduo (...) a minha sexualidade não é autónoma nem individualizada, é dependente. Dependente da sexualidade masculina"

Realmente nunca ouvi dizer, a respeito de um homem homossexual, que o fosse por ter encontrado muitas "tipas que não soubessem fazer o serviço". Parece evidente e aceitável que os homens tenham nas suas mãos a sexualidade da parceira, tal como a sua própria. Às mulheres resta esperar que lhes calhe um bom exemplar, um "competente", que a satisfaça o suficiente para que ela não passe para esse "outro lado". Parece-me a mim de um paternalismo inacreditável...

Só mais uma coisa (e não querendo abusar na extensão do comentário!), acho também interessante a questão da ignorância que se tem do acto sexual entre duas mulheres. A verdade é que, se não se procurar sabê-lo, a sociedade também não nos "oferece" essa informação. Portanto, ainda que para as lésbicas se torne chato e repetitivo, é importante que o vão explicando e desmistificando aos demais. Aos poucos talvez a coisa vá! :))

Duca disse...

S

Se as mulheres passassem para o “outro lado” por causa de homens incompetentes e que “não sabem fazer o serviço”, tenho a certeza que a percentagem de lésbicas seria um pouco mais que 10% da população feminina. Pelo menos, a avaliar pelos desabafos das minhas amigas heterossexuais. Mas não, mesmo que apanhem incompetentes, idiotas e machistas, a verdade é que essas minhas amigas continuam a gostar de homens. É que, como me dizem, “de vez em quando surge aquele grande peixe dourado que vale mesmo a pena e nos faz esquecer todos os outros!” Acho esta frase deliciosa. A sério! :)

"... ainda que para as lésbicas se torne chato e repetitivo, é importante que o vão explicando e desmistificando aos demais. Aos poucos talvez a coisa vá!"

Por isso eu chamo a tenção e linkei o post ao blog Uva Na Vulva que é de facto um must em sexualidade lésbica.

Obrigada pela visita. :)

Cristina disse...

caneco, até fiquei zonza!

muito bom. falando nisso.. hoje é sex.ta...

beijocas

Galarote disse...

Isto é tudo uma granda aldrabice "mazé"!!!

É 6º feira e nada de post com miúdas giras!

Bj

Galarote!

Anónimo disse...

Dizer que fiquei admirado com o texto? Naturalmente não!

Como, de resto, é teu timbre, colocas as questões a um nível de discussão elevadíssimo.

Com razão? Sem ela?
É irrelevante.
É o teu ponto de vista e todos os comentários, desde que feitos com respeito, merecem ser considerados.

Um beijo

Duca disse...

Cristina

Hoje atrasei-me, mas elas já aí estão. Olha lá para cima. ;)

Beijo

Duca disse...

Galarote

Houve um atraso mas que eu saiba até às 11h59 é 6ª feira!

Mas elas já lá estão.

Beijoka ó galito

Duca disse...

Repórter

Agradeço as tuas palavras. A caixa de comentários serve exactamente para que as pessoas se expressem livremente sobre o assunto colocado a debate, se assim o desejarem.

Beijo e bom fim de semana

Sabina disse...

Bom, uma pessoa até se intimida em comentar um post com tanta qualidade.

Em relação à banalização do sexo nos media, não sei se concordo inteiramente contigo. Primeiro porque essa suposta banalização faz com que as pessoas recebam mais informação e permite que, de uma forma natural, as pessoas falem sobre sexo. Mas é suposto que falem bem. Partilhar experiências, esclarecer dúvidas, ensinar aos filhos.

Em relação a psicologia de alcova, que dita que todas as lésbicas só o são porque foram mal tratadas por homens é tão ridiculo que nem merece grande comentário. Por essa ordem de ideias eu era a Rainha das Lésbicas. Acredito mais que um psiquiatra teria mais a resolver em casos de seres que têm ódios gritantes pelos homossexuais do que pelos homossexuais.

Em relação às perguntas te fazem sobre as relações sexuais das lésbicas, tu, melhor que ninguém sabes por quem são feitas e em que tom são feitas. Eu vou-te falar como uma pessoa, que quando ganhou confiança com uma lésbica, lhe fez muitas perguntas. Claro que tinha curiosidade.Eu perguntei. E explicaram-me. Ela não ficou melindrada. E eu não fiquei ignorante.

Lá está: se as pessoas falassem mais abertamente e seriamente sobre sexo, não tínhamos tantos ignorantes.

E com isto me vou sublinhando uma frase do post que adorei: "O cunnilingus é uma arte que só deve ser praticada por quem gosta de o fazer e o saiba fazer." ( Posso citar-te quando estiver diante de um má lingua? ;-))

Beijos

Duca disse...

Insaciável

"Em relação à banalização do sexo nos media, não sei se concordo inteiramente contigo."

Com a ideia de banalização do sexo quis, principalmente, chamar a atenção para a publicidade. Aquela que para publicitar um produto coloca sempre como condição o êxito sexual na compra do mesmo.
Na verdade, não considero banalização, a existência de programas de informação ao nível da sexualidade, pelo contrário.

"Em relação às perguntas te fazem sobre as relações sexuais das lésbicas, tu, melhor que ninguém sabes por quem são feitas e em que tom são feitas."

A questão está mesmo na forma e tom com que são feitas. De facto, quando as perguntas são feitas com intenção de tentar compreender ou por curiosidade, nada tenho contra. O problema é quando são feitas para achincalhar.

Claro que podes citar-me, aliás, deves! :)

Beijo