quarta-feira, fevereiro 24, 2010

Este é o teu dia entre tantos outros!


Hoje, toda a criação parou. As estrelas, o sol e a lua desapareceram do céu. A razão desta situação extraordinária é simples; está tudo à tua porta, meu amor, à espera que a abras para comemorarem o teu aniversário!
Eu, que me encontro a 7711 km de ti, sinto-me como se estivesse numa outra dimensão e, portanto, sem qualquer capacidade de estar também à tua porta, na fila, para entrar e te encher de beijos e abraços.
Por isso, apenas posso deixar aqui, por escrito, os meus votos, o meu amor e a minha saudade.
Desejo-te um ano abundante em amor, em alegrias, em saúde e em dinheiro.
Desejo-te a constante renovação da tua alma e do teu espírito e a contínua inovação da tua criação.
Desejo-te que continues com essa tua capacidade para granjear amizades de todas as idades que se mantêm fiéis a ti, ao longo dos anos, apenas pela tua enorme generosidade.
Desejo que os muito poucos que são teus adversários e/ou inimigos, deixem o amor desabrochar nos seus corações para te verem como realmente és e se aproximarem de ti sem medo e desconfiança.
Desejo que a tua criança interior se continue a manifestar dessa forma linda que lhe permites, sem quaisquer amarras.
Desejo-te a constante aprendizagem e ensinamento de novas lições.
Desejo-te o surgimento de novos motivos para sorrires e gargalhares.
Desejo-te a sabedoria de nunca deixares de acreditar em ti, principalmente naqueles dias que correrem menos bem e te causarem sofrimento, medo e dúvida.
Desejo-te que nunca percas a forma madura que tens de sempre olhar a vida como uma dádiva de Deus/Deusa.
Enfim, minha querida, desejo-te, e a mim também, que a nossa reunião definitiva como família, sem mais separações, seja uma realidade breve, muito breve, o mais tardar ainda este ano.
Feliz aniversário minha amada Andarilha!

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

Tentar alterar a linha editorial de órgãos de comunicação ...

Este é o principal argumento do PGR para justificar os despachos de arquivamento do conjunto de documentos que recebeu e, onde, eram referidos indícios que deveriam ser investigados para eventual procedimento criminal contra o PM e outras pessoas mencionadas nas certidões das escutas do processo “Face Oculta”.

Estou muito mais elucidada e descansada. Contudo, devo confessar que estou também muito chateada e com vontade de exigir ao Estado a devolução de todos os valores que lhe paguei pela frequência e conclusão do meu curso de Direito na Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa e, ainda, uma indemnização por danos morais, já que, ao longo de todos estes anos, fui convencida do contrário do que defende o Senhor PGR cuja idoneidade lhe valeu ser um dos mais altos magistrados da Nação e, portanto, acima de qualquer suspeita ou Polvo.

domingo, fevereiro 14, 2010

Feliz ano! E declarem-se vivos!



Hoje começa o novo ano lunar.
No calendário chinês e em vários países orientais hoje começa o ano do Tigre.
O calendário é lunar e não solar como no ocidente.
O Tigre é o animal que representa a coragem, a potência e a ousadia.
O Tigre traz-nos a ousadia de sermos quem somos.
De sermos livres e não participantes dos jogos de poder, das velhas crenças e das manipulações como forma de controlo sobre o outro.
Termos a ousadia e a coragem de deixarmos de estar condicionados ao(s) velho(s) sistema(s) global(ais) (políticos, económicos, sociais e familiares) e de sermos quem os demais nos exigem que sejamos, à custa do amor por nós mesmos, porquanto, abrimos mão da nossa autenticidade, amorosidade e espontaneidade para sermos aceites e amados pelos outros.
Aqui fica um vídeo feito pela minha amada Andarilha Estelar ou Carioca Praieira, como quiserem, com imagens, na sua maioria, de Gregory Colbert e palavras do índio andino quechua, Chamalú – numa tradução para o português do original em espanhol – e que nos remete à reflexão.
No que me diz respeito, sinto-me identificada com esta liberdade e com esta soberania.
Afinal o que a maioria de nós faz senão buscar o amor? Só que o buscamos fora de nós! E porque procedemos assim? Por falta de conexão connosco próprios e com o AMOR que temos dentro de nós e que tem estado sempre tão próximo como a nossa veia jugular.

Declaro-me vivo!
Saboreio cada momento.
Antigamente me preocupava quando os outros falavam mal de mim.
Então fazia o que os outros queriam, e a minha consciência me censurava.
Entretanto, apesar do meu esforço para ser bem-educado, alguém sempre me difamava.
Como agradeço a essas pessoas, que me ensinaram que a vida é apenas um cenário!
Desse momento em diante, atrevo-me a ser como sou.
A árvore anciã me ensinou que somos todos iguais.
Sou guerreiro: a minha espada é o amor, o meu escudo é o humor, o meu espaço é a coerência, o meu texto é a liberdade.
Perdoem-me, se a minha felicidade é insuportável, mas não escolhi o bom senso comum.
Prefiro a imaginação dos índios, que tem embutida a inocência.
É possível que tenhamos que ser apenas humanos.
Sem Amor nada tem sentido, sem Amor estamos perdidos, sem Amor corremos de novo o risco de estarmos caminhando de costas para a luz.
Por esta razão é muito importante que apenas o Amor inspire as nossas ações.
Anseio que descubras a mensagem por detrás das palavras; não sou um sábio, sou apenas um ser apaixonado pela vida.
A melhor forma de despertar é deixando de questionar se nossas ações incomodam aqueles que dormem ao nosso lado.
A chegada não importa, o caminho e a meta são a mesma coisa.
Não precisamos correr para algum lugar, apenas dar cada passo com plena consciência.
Quando somos maiores que aquilo que fazemos, nada pode nos desequilibrar.
Porém, quando permitimos que as coisas sejam maiores do que nós, o nosso desequilíbrio está garantido.
É possível que sejamos apenas água fluindo; o caminho terá que ser feito por nós. Porém, não permitas que o leito escravize o rio, ou então, em vez de um caminho, terás um cárcere.
Amo a minha loucura que me vacina contra a estupidez.
Amo o amor que me imuniza contra a infelicidade que prolifera, infectando almas e atrofiando corações.
As pessoas estão tão acostumadas com a infelicidade, que a sensação de felicidade lhes parece estranha.
As pessoas estão tão reprimidas, que a ternura espontânea as incomoda, e o amor lhes inspira desconfiança.
A vida é um cântico à beleza, uma chamada à transparência.
Peço-lhes perdão, mas… DECLARO-ME VIVO!!!
Chamalú ( Índio Quéchua )

terça-feira, fevereiro 09, 2010

Haja coração!


Para muitos crentes, este homem foi salvo por Deus, ao fim de quase um mês entre escombros, porque o pai supremo decidiu que não tinha chegado a vez dele.

Também para muitos crentes, Deus é a entidade que criou todo o Universo e até outros que venham a surgir.

Se isto fosse vontade de Deus que, segundo os cristãos é infinitamente bom, para "salvar" alguns “mataria” 200.000? Porque não salvar todos, já agora?

É mesmo infinitamente bom, este Deus demasiado exigente com os seus “filhos”, que quando se portam mal, não fazem o que ele quer e procedem em desacordo com os seus mandamentos, os destrói e condena ao fogo eterno?

Quer dizer, se a grande maioria de nós que, segundo as várias igrejas e/ou religiões, somos simples humanos, conseguimos perdoar aos nossos filhos as maiores atrocidades que eles possam cometer, um espírito superior, infinitamente bom, é capaz de condenar os seus “filhos” ao fogo eterno sem que estes precisem ter cometido nenhuma atrocidade bastando, para tal, que cometam os pecados da “gula”, da “preguiça” ou da “luxúria”.

Sendo estes três pecados gravíssimos porque pertencem ao rol dos 7 pecados mortais, eles são, sobretudo saborosíssimos!

Ora, a ser assim, este Deus só pode ser um ditador da pior espécie e um grande sádico. Não há dúvida que o Saramago tem toda a razão!

Este Deus que, segundo alguns, tudo criou, tudo controla e tudo destrói quando lhe dá na real gana, mete-nos à frente das "fuças" o paraíso tropical, o bolo de chocolate e outros prazeres, como o sexo e, esfregando as mãos de contente (imaginação minha) nos exige que permaneçamos num open space com ar condicionado e cheio de gente uma porrada de horas por dia porque o trabalho é que induca*; quer que comamos frugalmente umas coisitas, e temos muita sorte porque os pobrezinhos nem isso têm; mesmo podendo ter um carro topo de gama e uma vivenda no Restelo ou na linha do Estoril, ele decidiu que devemos contentar-nos com o carrito utilitário e o apartamento na periferia; e, ainda por cima, obriga-nos a fazer sexo só para procriar, não é um gajo do mais sacana possível?

Mas, é neste Deus atemorizador, louco, sádico, que não perdoa e com muito mau feitio que muitos crentes – sem sequer questionarem – acreditam!

E mais, acreditam que no Universo há privilégios e escolhidos por Deus e, que, a todos é de igual modo exigível que sejam bons, maravilhosos e fantásticos de modo a atingirem, numa vida que em média é de 75 anos, a meta da perfeiçao e, em consequência, da ida para o céu!

Como se pode exigir a todos o mesmo objectivo, se à partida as chances não são as mesmas quando, por exemplo, uns nascem bonitos, ricos e saudáveis e outros feios, pobres e doentes e/ou deficientes?

Normalmente atribui-se aos cristãos a frase “Deus está dentro de nós!”. Ora, aqui está algo com que estou de acordo! Contudo, não sei se a interpretação que faço desta frase é a mesma que a dos cristãos em geral. Acho mesmo que muita gente tem medo do verdadeiro significado desta frase.

Se Deus está dentro de nós, isso quer dizer que Deus não é uma entidade abstracta que se encontra “do lado de fora”!

Então, se Deus não está fora de nós e, sim, dentro de nós, concluímos que somos divinos, ou melhor, cada um de nós é Deus!

Muitos cristãos ficam chocados quando ouvem isto e eu não entendo porquê, pois, segundo o Salmo de Davi 82.6 o Mestre de Nazaré disse: "Vós sois deuses!". E, mais, segundo João 12;12 Jesus acrescentou, referindo-se aos milagres que lhe atribuíam: “Em verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que faço, e as fará maiores do que estas.” que traduzindo livremente para modernês** é algo assim: "Eu sou Deus como vós sois, portanto, somos irmãos. Então, acreditar em mim é acreditar em vós. Ora, se eu faço isto tudo agora, daqui a 2000 anos, meus amados irmãos, se acreditarem na vossa divindade, vão fazer muito mais, capice?"

Jesus também terá dito: "Vocês devem converter os vossos corações” que de novo em modernês significa algo assim: “Mudem os vossos padrões de vida e crença, baseados apenas no pensamento e no raciocínio! Sintam e oiçam os vossos corações e permitam a sua expressão no vosso dia a dia! Garanto-vos que serão mais felizes. Mandem, pelo menos de vez em quando, o estupor da mente para as calendas!”. Em vez do "Penso, logo Existo!" porque não tentam antes o "Sinto, logo Sou!"?

Colocadas as coisas desta forma, julgo poder aceitar que este homem saiu dos escombros desnutrido, desidratado, mas vivo, ao fim de quase um mês, obviamente, desafiando toda a lógica da ciência tradicional (felizmente há ciência credível que se debruça em mais do que lógica) apenas porque o desejou com todo o seu coração e o Deus que nele reside – e não aquele que destila ódio – fez o resto!

Cada vez mais me convenço de que somos mesmo espíritos tendo uma experiência humana e não humanos tendo uma experiência espiritual!

Namasté!
* (leia-se educa)
** de era moderna ou actualidade, como quiserem.

quarta-feira, fevereiro 03, 2010

"O fim da linha" (*)


Eis o artigo de Mário Crespo que deveria ter sido publicado no passado dia 01/02/2010 na sua habitual coluna do JN.

A não publicação deste artigo tem estado a dar burburinho apesar de, para muitos, o conteúdo do artigo cheirar a coscuvilhice saloia de vizinhas que não têm o que fazer.

O problema, é que estas situações de censura à livre expressão jornalística e televisiva, da parte dos governos de Sócrates, são demasiado censuráveis para não lhes darmos a devida atenção.

No tempo da ditadura, usava-se o lápis azul. Quase 36 anos depois, neste Portugal do tão apregoado Estado de Direito Democrático, opta-se pelo apagão!

A questão não está no conteúdo do artigo que pode até ser alvo de crítica no sentido de se considerar que só a ele, Mário Crespo, diz respeito e, por isso, não ser notícia.

O problema coloca-se, mais uma vez, na censura. O artigo não foi publicado! E não acolhe a desculpa de que não foi publicado porque a notícia era uma não notícia!

Mas é mesmo uma não notícia?

Num país onde os jornalistas são “problemas” que têm de ser (e são) “solucionados”, um artigo como o de Mário Crespo, deve ser encarado apenas como uma questão pessoal que não deveria torna-se peça jornalística?

Não me parece!


(*)Título do artigo de Mário Crespo