“Estes políticos e gestores são uma cambada de ladrões!”
“Assim Portugal não vai a lado nenhum!”
“O Sócrates é um aldrabão! O filho da mãe está em todas e depois ainda se arma em virgem ofendida!”
Hoje, também se comemora o dia de S. Martinho. E, ao conhecer a história deste santo, não posso deixar de fazer a ligação entre a sua coragem e o seu enorme amor - numa época em que o medo e a falta de amor imperavam - e o portal de hoje.
S. Martinho nasceu no ano de 316, na Sabária da Panónia (Hungria). Seu pai era oficial do exército romano. Aos 12 anos, contrariando a vontade dos pais, tornou-se cristão. O pai contrapôs-se terminantemente a essa decisão do filho, alistando-o no exército romano, julgando que o convenceria a deixar de ser cristão.
Diz a lenda que quando um cavaleiro romano de nome Martinho andava a fazer a ronda, viu um velho mendigo cheio de fome e frio, porque estava quase nu. O dia estava chuvoso e frio, e o velhinho estava encharcado. O cavaleiro Martinho era bondoso e gostava de ajudar as pessoas mais pobres. Então, ao ver aquele mendigo, ficou cheio de pena e cortou a sua grossa capa ao meio com a espada, deu metade da mesma ao mendigo e partiu. Pouco depois, a chuva parou e apareceu no céu um lindo Sol, dai falar-se no verão de S. Martinho.
Mais tarde Martinho abandonou o Exército e fez-se baptizar por Santo Hilário de Poitiers. Entregou-se à vida de eremita, fundando um mosteiro em Ligugé, França, onde vivia sob a orientação de Santo Hilário. Ordenado sacerdote, foi mais tarde aclamado bispo de Tours (371). Tornou-se um grande evangelizador da França, verdadeiramente pastor, fundando mosteiros, instruindo o clero, defendendo a causa dos oprimidos e deserdados deste mundo. Morreu no ano de 397.
Quer se acredite ou não na lenda de S. Martinho, quer se seja crente ou não, religioso ou não, a verdade é que esta é uma bela história de compaixão e de amor.
Olhem para dentro de vós. Lembrem-se de quem são!