terça-feira, abril 28, 2009

A política do medo



Andamos cheios de medo, para não dizer aterrorizados!
É a forma como melhor nos manipulam e controlam.
A política do medo é sobejamente conhecida, já que sabemos como é fácil lidar, manipular, controlar e limitar indivíduos amedrontados.
No entanto, apesar de a maioria de nós sabermos isso, continuamos a deixar-nos impressionar pelas notícias que pululam com o intuito de nos manter mortos de medo.
Ele é a crise mundial, que ocupa parangonas em tudo quanto é midia ou media (como quiserem) e nos enche os ouvidos e os olhos de forma constante e precisa, mais parecendo a tortura do pingo de água a cair no cocuruto da cabeça – gostava de saber se há alguém, que ainda esteja vivo, que me saiba dizer quando é que Portugal não esteve em crise! – São os terramotos, tsunamis e tempestades de todos os géneros com centenas de mortos. São os ataques terroristas, os mais variados acidentes, etc. que deixam um sem número de gente morta e estropiada. E agora, depois das vacas loucas, da gripe das aves e do dengue, é a vez da gripe suína!
Todo e qualquer acontecimento (mesmo que se passe lá para os antípodas) que seja de cariz mais ou menos tenebroso e que nos possa deitar abaixo, é notícia e os midia ou media (como quiserem) propagam-na de forma desmesurada e bastante aterradora, já que são pagos para isso. Estes faits divers, aliados à atracção mórbida que a maioria de nós tem por tudo quanto é desgraça, fazem o caldinho perfeito.
Defendo que as notícias devem ser todas veiculadas mas, caramba, há formas mais leves de se dar uma notícia, mesmo que seja má! E, também, não é preciso que se esteja sempre a falar da mesma coisa, dias a fio, inventado novas evoluções para a mesma notícia.
Sinceramente, acho que os midia ou media (como quiserem) e os seus patrões – os tais senhores do poder – devem ficar a esfregar as mãos de contentes dando aquelas risadinhas ihihihihih enquanto salivam saboreando a maldade e a vitória de verem o povo cheio de medo, triste, stressado, derrotado e, portanto, presa de muito fácil manipulação seja para o que for ou para o que lhes interessa!
O povo não pode andar feliz e leve! Esta gente só se sente bem quando o vê bem para baixo e doente da alma, quando não doente fisicamente!
E depois, ainda têm o descaramento de vir dizer que são só notícias destas que vendem! Que grande tanga da parte daqueles que sabem como ninguém manipular os gostos das pessoas.
A verdade é que é muito mais fácil controlar gente com medo do que gente sem medo!
Ao contrário do que muitos de nós possam pensar, estes acontecimentos mais ou menos tenebrosos sempre existiram, só que não nos chegavam com a facilidade com que nos chegam hoje, o que não deixava de ser uma bênção!

terça-feira, abril 14, 2009

Por qué non te callas? (2)


Nunca me incomodei com comentários anónimos recebidos ao longo da vida deste blog. Reservo-me o direito de os apagar quando os considero ofensivos.

Devo dizer que não considero que alguém que utilize, na Internet, o anonimato ou nicks, acompanhados pela criação de vários perfis, seja cobarde.

A protecção da identidade urge perante a perigosidade de muita gente que navega na Internet. Assim, usar vários nicks, perfis ou o anonimato não tem, em minha opinião, nada de cobarde.

No entanto, comentários anónimos em catadupa provenientes da mesma origem, sem que eu conheça a identidade da pessoa que comenta e que mais não são do que ataques pessoais, isso é cobarde e esquizofrénico e só vem reforçar as razões porque defendo a necessidade de protegermos a nossa identidade.

Enfim, há gente que nada tem que fazer e cuja vidinha é tão vazia que o seu único divertimento é chatear os outros, cobardemente, diga-se.

Por isso, este blog passou a moderar comentários e vai continuar, porque há um(a) anónimo(a) que não sabe quando deve parar, calando-se, e para quem, pelos vistos, a minha vida é muito interessante.

E não é que é mesmo?

quarta-feira, abril 08, 2009

Por qué non te callas?



"As nossas tradições e a nossa religião admitem a poligamia" disse o presidente da Tchetchénia Ramzan Kadirov. Só que a poligamia é apenas admitida a homens.

Surpreendida? Claro que não! Surpreendida ficaria se a poligamia fosse admitida também para as mulheres, mas não deixo de ficar chateada com o argumento do gajo para justificar a sua defesa da poligamia.

É que, como naquela república caucasiana há mais mulheres que homens, as mulheres jovens ou divorciadas podem ser mortas por um familiar se levarem uma vida desregrada e, portanto, "mais vale ser uma segunda esposa do que ser assassinada!"

Ou seja, condenar o energúmeno que assassina a irmã, filha, esposa, mãe, etc. não interessa nada, interessa é que as mulheres solteiras, viúvas ou divorciadas não se importem de serem as segundas, terceiras, quartas esposas de um gajo, que também pode ser outro energúmeno nojento e barbudo, cruzes canhoto!

Quando é que estes gajos deixam de odiar mulheres? Sim, só por ódio se sujeitam as mulheres a ouvirem bojardas destas e, quantas vezes, a viverem de acordo com elas, isto para não falar na tal lei da Sharia que tem feito e faz verdadeiras barbaridades contra as mulheres, desde a humilhação ao assassinato.

E cá por estas bandas onde continuam a respirar anormais que se acham no direito de espancar, violar e matar as mulheres, namoradas, filhas, etc.?