sexta-feira, dezembro 21, 2007

Feliz Natal

Não é tão depressa que volto à net porque durante este fim de semana vou estar fora e porque depois se mete o Natal. Por isso, deixo os meus votos de Boas Festas a todas(os) e, como podem verificar, dirigidos às variadas preferências sexuais.




quarta-feira, dezembro 19, 2007

Teus olhos soberanos




Teus olhos azuis tão escuros
De um índigo oceano profundo
Rasgado olhar por desvendar
Vivências passadas e mistérios
Parecem nunca se perturbar
Com as agruras deste mundo.

Mas não são frios os teus olhos
São de uma espiritual alegria
Emersa no longínquo infinito
Presa à luz morna de nenhum dia,
Mas de todos os dias lá do Alto.
Que soberanos são os teus olhos.

Nesse teu lindo olhar de anjo
Também há céus de chuva
Que choram perante a turva
Sensibilidade tão espúria
E de ignomínias em fúria
Nada posso quando assim os vejo.

Que soberanos são os teus olhos.

(Duca)

sexta-feira, dezembro 14, 2007

Portanto, a mulher do dia é ...

Jodie Foster que, por jogar no mesmo club que eu, ser uma das minhas actrizes favoritas e, ainda, porque finalmente agradeceu à companheira muito daquilo que conseguiu concretizar, tem direito a umas quantas fotos. Desculpem mas há que também puxar pelos nossos. (como se ela precisasse!)











Mais vale tarde que nunca


Numa gala promovida pela revista "Hollywood Reporter" Jodie Foster agradeceu publicamente à sua companheira, a produtora Cydney Bernard, com quem, desde 1993, partilha a sua vida, casa e educação dos filhos.
Há muito que é conhecida a orientação sexual de Jodie Foster, mas esta, muito ciosa da sua vida privada nunca assumiu publicamente a sua homossexualidade nem aceitou os insistentes pedidos dos activistas para que se tornasse uma porta-estandarte das associações de defesa dos direitos dos homossexuais.
É sabido que Hollywood teve sempre muitos pudores relativamente à orientação sexual dos actores e actrizes homossexuais. Só para falar de um caso relativamente recente, Ellen DeGeneres (The Ellen DeGeneres Show) viu a sua série cancelada depois de ter assumido ser lésbica.
Mas, desta vez, os comentadores de Hollywood já reagiram, afirmando que esta notícia só peca por tardia.
Também acho. Mas mais vale tarde que nunca.

quarta-feira, dezembro 12, 2007

Peço desculpa mas ...


... este blog está em banho maria ou manel, como preferirem.
Ando ocupada e com pouca disponibilidade. Fecho do mês, acho que entendem.
Quando voltar, espero que seja em força! :)
Quero, no entanto, deixar claro que de vez em quando irei aos meus blogs favoritos, deixar lá os meus comentários!

sexta-feira, dezembro 07, 2007

As broas do dia!

São sexys e muito interessantes.

Violante Plácido

Actriz italiana, filha dos actores Michelle Plácido “O Polvo” e de Stefania Sandrelli entra na série “Guerra e Paz” que está a ser transmitida na RTP interpretando o papel de Helene Kuragin.







Aqui na série Guerra e Paz




E a pedido da minha amiga Nnannarella, a veterana Sigourney Weaver





E não digam que não sou vossa amiga. Mesmo sem inspiração, é o que se vê! ;)

terça-feira, dezembro 04, 2007

Infidelidade e adultério

Há bastante tempo que tinha vontade de falar sobre este tema mas ainda não me tinha surgido a disponibilidade mental necessária para o efeito. A Insaciável, com este post e ainda com este inspirou-me quando faz a seguinte pergunta:

O que é a infidelidade e quando começa? No pensamento? Na cama? Ou palavras que se dizem e que se escrevem? Onde está a vossa bitola? Estaria eu, acima ou abaixo dessa fasquia? E é mais justificável nos homens do que nas mulheres?

Por natureza, os seres humanos não são monogâmicos. Foi, primeiramente, a sociedade ocidental formada sob a égide da mitologia judaico-cristã e consequentemente patriarcal que nos “convenceu” que o somos. Em tempos de grande obscurantismo, não só nos convenceu, como nos obrigou, pois o adultério chegou a ser punido com a pena de morte. Em certos países, o adultério feminino ainda é punido com a pena de morte.

A sociedade instituiu o casamento para garantir a posse material e a hereditariedade. Ora, até há bem pouco tempo, antes de ser conhecida a importância do ADN, qualquer criança saída do ventre de uma mulher era seu filho. Enquanto que um homem nunca tinha a certeza de que a criança era seu filho. Daí que a imposição de fidelidade sexual fosse muito mais exigível à mulher que ao homem. Por outro lado, esta mesma sociedade foi e ainda é extremamente cruel para com o homem “enganado”, pondo em causa a sua masculinidade e sujeitando-o a enxovalhos com consequências psicológicas que podem ser muito traumáticas. Daqui aos crimes de sangue foi um passo. Ainda hoje, em países de que Portugal é um triste exemplo, o adultério feminino ou a desconfiança da sua existência, levam um número muito grande de homens a punir a companheira assassinando-a. Limpam a sua honra com o sangue da “sem vergonha”. E, as decisões proteccionistas dos tribunais relativamente a estes crimes e outros praticados por homens, vieram ajudar à sua disseminação. Lembro-me de um acórdão de 1989 em que os juízes confirmaram a condenação a apenas quatro anos de prisão de um arguido de violação e sequestro de duas mulheres jugoslavas. Os juízes fizeram questão de escrever: “Se é certo que se tratam de crimes repugnantes que não têm qualquer justificação, a verdade é que, no caso concreto, as duas ofendidas muito contribuíram para a sua realização. As duas ofendidas, raparigas novas, mas mulheres feitas, não hesitaram em vir para a estrada pedir boleia a quem passava, em plena coutada do chamado ‘Macho Ibérico’.”

A fidelidade é uma criação de uma sociedade fechada, obscura e ignorante que impunha aos respectivos povos mitos que, consoante a sua conveniência, ia inventando com o intuito de lhes causar um extremo temor divino representado na terra por uma igreja sequiosa de poder e riqueza.

Ora, ainda hoje nas sociedades onde as igrejas ou filosofias religiosas têm grande influência, é notória a rigidez posicional no que respeita a actividades sexuais, principalmente da parte de mulheres casadas ou amancebadas fora dos seus relacionamentos. Nalguns países essa rigidez é notória até para com as mulheres solteiras.



A revolução sexual dos anos 60 não chegou a Portugal porque estávamos “orgulhosamente sós”. Em 74 deu-se em Portugal uma revolução inédita, feita de cravos e sem derrame de sangue. Esse sangue foi derramado uns meses depois nas então províncias ultramarinas com vários movimentos, auto-proclamados no início da guerra colonial de libertação dos respectivos povos, sedentos de poder e a gladiarem-se em guerras urbanas causando, colateralmente, milhares de vítimas entre a população civil, enquanto Portugal assobiava para o ar e, ainda por cima, se revoltava contra os portugueses (mesmo de segunda) que a fugir à guerra e à morte certa, aportaram aos aeroportos desta santa terrinha composta de analfabetos, beatos e ignorantes de fazer dó que não conseguiam entender que há decisões tomadas de forma deslumbrada e em cima do joelho que têm um preço. Um preço, por vezes, demasiado alto e não só para alguns.

Nos anos 80 quando se começava a tentar recuperar do atraso no que respeitava a uma revolução sexual, surgiu o HIV e logo apareceram alguns cavaleiros do apocalipse a anunciar que era castigo divino e que os homossexuais e adúlteros(as) eram proscritos. O retrocesso foi uma realidade.

Hoje, dada a continuidade da influência de uma igreja tradicional que retrocede perante a mudança, continuamos timidamente a tentar sair da ignorância e provincianismo que ao longo de centenas de anos nos tem assolado. Para a mudança de mentalidades, de pouco nos tem valido uma pseudo-democracia com mais de 30 anos cujo leme tem sido guiado por incompetentes "navegadores".

Teoricamente, a infidelidade é o não cumprimento de um compromisso de fidelidade. A infidelidade começa quando alguém dirige os seus pensamentos sentimentais ou desejos sexuais para alguém que não é o seu cônjuge ou companheiro(a). As palavras sentimentais ou sensuais dirigidas também a alguém que não é o(a) companheiro(a) ou cônjuge, surgem dos pensamentos, logo, há infidelidade quando são proferidas ou escritas.

Quando se passa dos pensamentos e palavras à acção, estamos perante o chamado adultério.

Somos todos infiéis, homens e mulheres e, se nem todos cometemos adultério é porque nos faltou oportunidade. E esta oportunidade assume várias formas: receios de cariz religioso, medo de ser apanhado na curva e consequente perda, não desejada, do(a) companheiro(a) com quem se tem partilhado a vida, temor de ser um proscrito socialmente falando, educação, diferença de idades, razões logísticas, falta de dinheiro, falta de interesse da pessoa que se deseja, etc., etc.

A infidelidade e/ou adultério quando é do conhecimento do outro causa-lhe dor? Claro que causa! Basta dizer que o outro foi atingido no seu orgulho e/ou ego e pode, ainda, temer a perda da pessoa que ama. Mas, é a vigilância sobre o outro que evitará a infidelidade? Não, porque já todos fomos, somos e seremos alvo de infidelidades e todos fomos, somos e seremos infiéis. E evitará o adultério? Também não! Então, porque nos haveremos de comportar de uma forma tão estúpida com atitudes de posse, ciúme e violência que destroem uma relação mais do que a infidelidade e mesmo o adultério quando passageiros?

Quando perceberemos que a liberdade responsabiliza?

São muitos anos de uma cultura que está profundamente enraizada dentro de nós e é muito difícil libertarmo-nos. É um facto! Mas começa a ser altura de mudarmos certos valores que só nos têm tornado infelizes porque não são, na sua génese, naturais visto as pessoas não serem objecto de posse seja de quem for. Haja, ao menos, alguma razoabilidade!

segunda-feira, dezembro 03, 2007

Tangos e Coladeras


O postOntem dancei o tango”da autoria da minha amiga Garamond e a consequente troca de galhardetes hilariantes que se seguiu na respectiva caixa de comentários, merece uma resposta aqui no Tempus Blogandi.

No sábado passado, a Caracolinha decidiu fazer uma jantarada em casa dela. Eu, a Garamond e a Insaciável fomos convidadas para um serão que passava pelo visionamento do jogo Benfica-Porto, jantar, um trivial pursuit virtual e uns passinhos de dança.

O jogo não foi favorável às benfiquistas presentes: eu, Caracolinha e Garamond mas não foi por isso que deixámos de comer, beber e divertirmo-nos muito.

Como gosto de dançar, não resisti a um passinho de coladera, ao som do Travadinha (Le violon du Cap Vert) com a dona da casa que, no início, se mostrou tímida mas que rapidamente apanhou e muito bem o ritmo.

Posteriormente, solicitei à Garamond que dançasse comigo um tango argentino. É conhecida a dificuldade do tango, mas a Garamond depois de algumas dificuldades naturais porquanto não tem o costume de dançar tango e ainda menos comigo, conseguiu acompanhar-me muitíssimo bem apesar dos sapatos de borracha que tinha calçados que, honestamente, a mim me poriam presa ao chão.

Com a Insaciável não dancei já que ela resolveu ficar posta, aliás, espojada em sossego no sofá da sala. Para a próxima não escapas!
Resumindo e concluindo, adorei a noite e de dançar com as duas. Não fiquei com os pés em chaga e não fui parar à ortopedia do Hospital de Santa Maria, não os tive sequer de molho porque não fui pisada por nenhuma das Senhoras com quem dancei. Aliás, a bem da verdade, quem foi a autora de uma pisadela em cada uma fui eu o que não deixa de ser lamentável em alguém habituado a dançar.
Julgo, assim, ter ficado reposta a verdade do que se passou.